Da natureza à cultura:

o problema da proibição do incesto na antropologia de Rousseau

Auteurs-es

  • Mauro Dela Bandera Arco Júnior Universidade de São Paulo

DOI :

https://doi.org/10.1590/0101-3173.2021.v44n1.21.p293

Mots-clés :

Natureza, Cultura, Proibição do incesto, Rousseau, Lévi-Strauss

Résumé

A dicotomia mundo físico/mundo moral é bastante característica do século XVIII francês. Refere-se às dimensões biológicas naturais e às dimensões morais do homem. Muitos autores do Iluminismo desejaram retraçar a história conjectural ou as metamorfoses sucessivas que levaram à passagem do homem físico para o homem moral. Esta temática se faz também presente na obra de Rousseau, sendo percebida e traduzida por Lévi-Strauss como a passagem da natureza à cultura. A hipótese que desenvolvemos neste artigo é que a inscrição da interdição do incesto – presente na obra de Rousseau – ocupa uma função e uma significação muito próximas das reflexões de Lévi-Strauss presentes nas Estruturas elementares do parentesco. Como em Lévi-Strauss, esta proibição marca para Rousseau o início do processo de formação cultural, o instante fundador da cultura. Ela explicita de maneira privilegiada o ponto por meio do qual os processos culturais se distinguem da esfera natural, o momento em que o homem deixa de seguir o mero instinto e passa a respeitar princípios morais construídos socialmente.

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Références

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Recebido: 20/5/2020 - Aceito: 14/7/2020

Publié

2021-04-22 — Mis(e) à jour 2022-06-29

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Comment citer

ARCO JÚNIOR, Mauro Dela Bandera. Da natureza à cultura: : o problema da proibição do incesto na antropologia de Rousseau. TRANS/FORM/AÇÃO: Revista de Filosofia, Marília, SP, v. 44, n. 1, p. 293–312, 2022. DOI: 10.1590/0101-3173.2021.v44n1.21.p293. Disponível em: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/transformacao/article/view/10252.. Acesso em: 22 nov. 2024.

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