A incomensurabilidade entre as filosofias e a inexistência de revoluções em filosofia

Autores/as

  • Alberto Oliva

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0101-31732012000200011

Palabras clave:

Essencialismo. Justificação epistêmica. Incomensurabilidade

Resumen

Este artigo se ocupa de questões metafilosóficas. Nele, discutiremos as razões que fazem com que a filosofia, diferentemente da ciência, problematize a si mesma como empreendimento cognitivo. Em particular, procuraremos identificar como e por que a filosofia acaba se constituindo em problema para si mesma. À exceção das ciências sociais onde há estudos críticos do tipo sociologia da sociologia, a ciência em geral não põe em discussão a si mesma. Raros são os casos em que a ciência chega ao extremo de questionar a própria cognitividade. A filosofia, em alguns de seus mais lúcidos e profícuos exercícios, não se furta a se avaliar como projeto cognitivo. Com esse tipo de preocupação metafilosófica, nosso artigo questionará a pretensão das grandes filosofias de protagonizar revoluções. Defenderemos a tese de que inexistem as revoluções postuladas pelos filósofos, destacando que a incomensurabilidade subsistente entre as filosofias não é provocada por rupturas conceituais ou explicativas e sim pela adoção de diferentes pressuposições absolutas, conforme definidas por Collingwood.

Publicado

03-08-2012

Número

Sección

Artículos y Comentarios

Cómo citar

A incomensurabilidade entre as filosofias e a inexistência de revoluções em filosofia. (2012). TRANS/FORM/AÇÃO:/Revista/De/Filosofia, 35(02), 199-238. https://doi.org/10.1590/S0101-31732012000200011