A etnomatemática entre o conhecimento subalterno e o epistemicídio
o caso de Moçambique
DOI:
https://doi.org/10.1590/0101-3173.2022.v45esp.05.p67Palabras clave:
Epistemologias, Saberes locais, África, Curricula escolaresResumen
A pesquisa aqui apresentada resulta de uma reflexão sobre as epistemologias subalternas, sobretudo de matriz africanas, tomando como exemplo a etno-matemática. O discurso filosófico sobre o “epistemicídio” dos saberes locais e tradicionais por parte do paradigma científico dominante pode ser aplicado a vários âmbitos disciplinares. Entre eles, a matemática, nas suas duas vertentes principais, a aritmética e a geometria, representa um caso paradigmático e significativo. Teorizada pela primeira vez pelo brasileiro D’Ambrosio e o holandês-moçambicano Paulus Gerdes, a etnomatemática vive hoje uma contradição: ela foi aceite em termos epistemológicos, mas, sobretudo em África, teve muitos problemas em se afirmar, entrando com dificuldades nos curricula oficiais. A pesquisa mostra como se deu tal processo em Moçambique, um país símbolo do caminho da etnomatemática africana, em consideração da contribuição de Gerdes e da educação progressiva na primeira fase da sua independência.
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Referencias
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Recebido: 06/3/2020 - Aceito: 11/7/2020
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