Resisting the “War on drugs” starting from homer

the multivalence of the pharmakon in the odyssey

Authors

DOI:

https://doi.org/10.1590/0101-3173.2022.v45n2.p101

Keywords:

Ancient Literature, Homer, Pharmakon, Drugs, Multivalence

Abstract

The aim of this paper is to analyze three episodes of the Odyssey in which a pharmakon is used. Helen, Circe and Hermes are the characters that administer the pharmaka. This analysis is linked to a project – the survey of discourses that distance themselves and/or question the perspective of the “war on drugs”, a project that aims to extract textual elements that can serve as tools of thought in the construction of a less deadly path in relation to substances – and guided by three principles – which can be called anti-colonial and anti-racist. From this focus, centered on the pharmakon, also articulating it to the floral food of the lotophagi and the relationship of xenia, a thesis is put forward according to which, in the Homeric texts, one can find something that can be called multivalence.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

  • Erick Araujo, Universidade de Brasília - UnB

    Programa de Pós-Graduação em Metafísica, Universidade de Brasília (UnB), Campus Universitário Darcy Ribeiro, Brasília, DF – Brasil.

  • Gabriele Cornelli, UnB

    Programa de Pós-Graduação em Metafísica, Universidade de Brasília (UnB), Campus Universitário Darcy Ribeiro, Brasília, DF – Brasil.

References

ADKINS, A. W. H. Homeric values and homeric society. Hellenic Studies, Londres, v. 91, p. 1-14, 1971. Disponível em: https://www.jstor.org/stable/631365?seq=1. Acesso em: 19 maio 2021.

ADORNO, T.; HORKHEIMER, M. Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos. Rio de Janeiro: Zahar, 1985.

AJARI, N. La dignité ou la mort: éthique et politique de la race. Paris: La Découverte, 2019.

APPIAH, K. A. There is no such thing as Western civilization. The Guardian, 2016. Disponível em: https://www.theguardian.com/world/2016/nov/09/western-civilisation-appiah-reith-lecture. Acesso em: 20 maio 2021.

ARAUJO, E. A vida em cenas de uso de crack. Rio de Janeiro: Papéis Selvagens, 2017.

ARAUJO, E. , Lima Barreto… Curitiba: Kotter, 2021.

ASSUNÇÃO, T. R. Infidelidades veladas: Ulisses entre Circe e Calipso na Odisseia. Nuntius Antiquus, Belo Horizonte, v. 7, p. 153-176, 2011. Disponível em: http://www.periodicos.letras.ufmg.br/index.php/nuntius_antiquus/article/view/2114. Acesso em: 20 maio 2021.

ASSUNÇÃO, T. R. Lotófagos (Odisseia IX, 82-104): comida floral fácil e risco de desistência. Classica, Belo Horizonte, v. 29, n. 1, p. 273-294, 2016. Disponível em: https://revista.classica.org.br/classica/article/view/416/361. Acesso em: 25 maio 2021.

ATWOOD, M. A Odisseia de Penélope. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.

BARRETO, L. Diário do hospício e O cemitério dos vivos. São Paulo: Cosac Naify, 2010.

BOUTELDJA, H. Les blancs, les juifs et nous: vers une politique de l’amour révolutionnaire. Paris: La Fabrique, 2016.

CAIRUS, H. F.; RIBEIRO, T. O. Alguns olhares gregos sobre as estações do ano: a temporalidade e o etnocentrismo. Interfaces, Rio de Janeiro, v. 1, n. 22, p. 13-28, 2015. Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.php/interfaces/article/view/29705. Acesso em: 16 jun. 2021.

CANDIDO, M. R. A África Antiga sob a ótica dos clássicos gregos e o viés africanista. Cadernos de História, Belo Horizonte, v. 19, n. 30, p. 20-38, 2018. Disponível em: http://periodicos.pucminas.br/index.php/cadernoshistoria/article/view/15945. Acesso em: 19 maio 2021.

CASSIN, B. Homero filósofo: algumas cenas filosóficas primitivas em Homero. Anais de Filosofia Clássica, Rio de Janeiro, v. 4, n. 8, p. 1-12, 2010. Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.php/FilosofiaClassica/article/view/15. Acesso em: 16 maio 2021.

CLASTRES, P. Arqueologia da violência: pesquisas de antropologia política. São Paulo: Cosac Naify, 2004.

COSTA, L. L. Heróis antigos e modernos: a falsificação para se pensar a história. 2016. 436 f. Tese (Doutorado em História) – Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2016.

COSTA, L. L. Os Lotófagos da Odisseia ou sobre o esquecimento do retorno. Caderno Pesquisa do CDHIS, Uberlândia, v. 30, n. 2, p. 169-185, 2017. Disponível em: http://www.seer.ufu.br/index.php/cdhis/article/view/41684. Acesso em: 24 maio 2021.

COSTA, L. L. Heróis antigos e modernos: a falsificação para se pensar a história. Belo Horizonte: Fino Traço, 2018.

ECKERMANN, J. P. Conversações com Goethe. Lisboa: Vega, 1990.

EVELYN-WHITE, H. G. Hesiod, the Homeric hymns and Homerica. Cambridge: Harvard University Press, 1914.

DEE, J. H. Black Odysseus, White Caesar: when did “white people” become “white”? The Classical Journal, Natchitoches, v. 99, n. 2, p. 157-167, 2003. Disponível em: http://www.jstor.org/stable/3298065. Acesso em: 16 jun. 2021.

FANON, F. Pele negra, máscaras brancas. Salvador: EdUFBA, 2008.

FASANO, G. C. Z. Egipto, Fenicia, Creta: tres espacios-clave para el discurso etnográfico em Odisea. Hélade, Niterói, v. 5, n. 1, p. 115-130, 2019. Disponível em: https://periodicos.uff.br/helade/article/view/29404/17111. Acesso em: 18 maio 2021.

FAUSTINO, D. M. A emoção é negra, a razão é helênica? Considerações fanonianas sobre a (des)universalização do “ser” negro. Tecnologia e Sociedade, Curitiba, v. 9, n. 18, 2013. Disponível em: https://periodicos.utfpr.edu.br/rts/article/view/2629. Acesso em: 16 maio 2021.

FINLEY, M. The world of Odysseus. Nova York: The New York Review of Books, 1979.

GUATTARI, F. Caosmose: um novo paradigma estético. São Paulo: Ed. 34, 2012.

HOMERO. Ilíada. Trad. Frederico Lourenço. São Paulo: Companhia das Letras. 2005.

HOMERO. Odisseia. Trad. Donaldo Schüler. Porto Alegre: L&PM, 2008.

HOMERO. Odisseia. Trad. Christian Werner. São Paulo: CosacNaify, 2014.

HOMERO. Odisseia. Trad. Frederico Lourenço. Lisboa: Quetzal, 2018.

HYDE, L. Trickster makes this world: mischief, myth, and art. Nova York: Farrar, Straus and Giroux, 2011.

ISAAC, B. The invention of racism in Classical Antiquity. Princeton; Oxford: Princeton University Press, 2004.

KINCAID, J. I see the world. Paris Review, 2020. Disponível em: https://www.theparisreview.org/blog/2020/04/28/i-see-the-world/. Acesso em: 11 maio 2021.

LANCETTI, A. Contrafissura e plasticidade psíquica. São Paulo: Hucitec, 2015.

LÉVI-STRAUSS, C. Raça e História. Antropologia Estrutural II. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1996.

LIMA, V. M. A partir de Guattari 1: uma política da existência. Rio de Janeiro: Ponteio, 2019.

LORAUX, N. Éloge de l’anachronisme en histoire. Espace Temps, n. 87-88, p. 127-139, 2005. Disponível em: https://www.persee.fr/doc/espat_0339-3267_2005_num_87_1_4369. Acesso em: 6 dez. 2021.

MBEMBE, A. Crítica da razão negra. São Paulo: n-1, 2018.

McCOSKEY, D. E. On Black Athena, Hippocratic medicine, and Roman Imperial edicts: Egyptians and the problem of race in Classical Antiquity. In: COATES, R. D. (org.). Race and ethnicity: across time, space and discipline. Leiden, Boston: Brill, 2004. p. 297-330.

McCOSKEY, D. E. What would James Baldwin do? Classics and the dream of White Europe. Eidolon, 2017. Disponível em: https://eidolon.pub/what-would-james-baldwin-do-a778947c04d5. Acesso em: 15 jun. 2021.

MUGLER, C. L’“altérité” chez Homère. Revue des Études Grecques, Paris, v. 82, n. 389-390, p. 1-13, 1969. Disponível em: https://www.persee.fr/doc/reg_0035-2039_1969_num_82_389_1026. Acesso em: 22 maio 2021.

NASCIMENTO, A. O genocídio do negro brasileiro: processo de um racismo mascarado. São Paulo: Perspectiva, 2017.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). Classificação Internacional de Doenças 11. 2021. Disponível em: https://icd.who.int/en. Acesso em: 6 dez. 2021.

PLATÃO. A República. Trad. Maria Helena da Rocha Pereira. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1993.

RINELLA, M. A. Pharmakon: Plato, drug culture, and identity in ancient Athens. Maryland: Lexington, 2010.

ROCHE, H. “Distant models”? Italian Fascism, National Socialism and the lure of the Classics. In: ROCHE, H.; DEMETRIOU, K. (org.). Brill’s companion to the Classics, Facist Italy and Nazi Germany. Leiden, Boston: Brill, 2018. p. 3-28.

ROUSSEAUX, M. Ulysse et les mangeurs de coquelicots. Bulletin de l’Association Guillaume Budé, Paris, n. 3, p. 333-351, 1971. Disponível em: https://www.persee.fr/doc/bude_0004-5527_1971_num_1_3_3155. Acesso em: 25 maio 2021.

RUTHERFORD, R. B. The philosophy of the Odyssey. Hellenic Studies, Londres, v. 106, p. 145-162, 1986. Disponível em: https://www.jstor.org/stable/629649. Acesso em: 25 maio 2021.

SALLES, L. L. B. M. Raízes sofísticas: sobre a escrita como phármakon para a fala ou da tradição gorgiana até Alcidamante de Eleia. 2018. 402 f. Tese (Doutorado em Filosofia) – Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2018.

SEGAL, C. Circean temptations: Homer, Vergil, Ovid. Transactions of the American Philological Association, Baltimore, v. 99, p. 419-442, 1968. Disponível em: https://doi.org/10.2307/2935855. Acesso em: 20 maio 2021.

SELS, N. Ambiquity and mythic imagery in Homer: Rhesus’ lethal nightmare. Classical World, Baltimore, v. 106, n. 4, p. 555-570, 2013. Disponível em: https://doi.org/10.1353/clw.2013.0089. Acesso em: 20 maio 2021.

SHUSTER, A. L. Pharmakon: Plato, drug culture, and identity in ancient Athens. New Political Science, v. 36, n. 3, p. 422-424, 2014. Disponível em: https://doi.org/10.1080/07393148.2014.924247. Acesso em: 19 maio 2021.

SILVA, M. F. Homero e o mundo vegetal. Classica, Belo Horizonte, v. 32, n. 2, p. 157-180, 2019. Disponível em: https://revista.classica.org.br/classica/article/view/885. Acesso em: 17 maio 2021.

SILVA, R. G. T. Ópio e memória ou sobre o retorno do esquecimento. Cadernos de Pesquisa do CDHIS, Uberlândia, v. 30, n. 2, p. 186-197, 2017. Disponível em: http://www.seer.ufu.br/index.php/cdhis/article/view/41685/22016. Acesso em: 25 maio 2021.

STANNARD, J. The plant called Moly. Osiris, Chicago, v. 14, p. 254-307, 1962. Disponível em: http://www.jstor.org/stable/301871. Acesso em: 23 maio 2021.

TORRES, G. Estamos indo para lugar nenhum [Instalação]. 2015. Disponível em: https://gustavoxtorres.com/estamos-indo-para-lugar-nenhum. Acesso em: 11 maio 2021.

VERGADOS, A. The Homeric Hymn to Hermes: humour and epiphany. In: FAULKNER, A. (Org.). The Homeric Hymns: interpretative essays. Oxford: Oxford University Press, 2011. p. 82-104.

VLASSOPOULOS, K. Greeks and barbarians. Cambridge: Cambridge University Press, 2013.

WERNER, C. A ambiguidade do kléos na Odisseia. Letras Clássicas, São Paulo, n. 5, p. 99-108, 2001. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/letrasclassicas/article/view/82629. Acesso em: 24 maio 2021.

WERNER, C. A deusa compõe um “mito”: o jovem Odisseu em busca de veneno (Odisseia I, 255-68). Nuntius Antiquus, Belo Horizonte, v. 6, p. 7-27, 2010. Disponível em: http://www.periodicos.letras.ufmg.br/index.php/nuntius_antiquus/article/view/2083. Acesso em: 16 maio 2021.

Recebido: 22/6/2021 - Aceito: 20/12/2021

Published

2022-03-29 — Updated on 2022-06-23

Issue

Section

Articles and Comments

How to Cite

Resisting the “War on drugs” starting from homer: the multivalence of the pharmakon in the odyssey. (2022). Trans/Form/Ação, 45(2), 101-126. https://doi.org/10.1590/0101-3173.2022.v45n2.p101