Postcolonial thought, gender, and power in María Lugones’s theory

ontological multiplicity, and multiculturalism

Authors

  • Guilherme Paiva de Carvalho Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

DOI:

https://doi.org/10.1590/0101-3173.2022.v45esp.16.p311

Keywords:

Gender, Power, Coloniality

Abstract

The article reflects on María Lugones’s concepts of gender, power, multiplicity, and multiculturalism, analyzing the way her theory is associated with postcolonial thought. In order to do so, it aproaches the perspective of postcolonial thought, and the notion of coloniality of power, considering the colonial/modern gender system. The postcolonial theories criticize the Western epistemological paradigm, and hierarchy based on the distinction between human and non-human, colonizer and colonized. When analyzing the colonial/modern system, María Lugones’s perspective introduces the concept of gender in the analyses of the power relationships. Oyèronké Oyӗwùmí’s theory of gender is a reference to María Lugones. In the analysis of the coloniality of power, Lugones develops the idea of the intersection of race, class, gender, and sexuality, proposing decolonial feminism based on the identification of forms of resistance, and coalition in social movements for emancipation.

Author Biography

  • Guilherme Paiva de Carvalho, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

    Pós-Doutor em Ciências Sociais pelo Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais da Universidade de Évora (UÉvora), Évora – Portugal. Professor Permanente do Programa de Pós-Graduação em Ensino (UERN/UFERSA/IFRN), do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais e Humanas e Professor Colaborador do Programa Interinstitucional de Pós-Graduação em Ensino de Filosofia da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), Mossoró. RN – Brasil.

References

AMIN, Samir. El Eurocentrismo: crítica de una ideología. Traducción de Rosa Cusminsky de Cendrero. México: Siglo XXI, 1989.

ANZALDUÁ, Gloria. Como domar uma língua selvagem. Cadernos de Letras da UFF; Dossiê: Difusão da língua portuguesa, n. 39, p. 297-309, 2009.

BALLESTRIN, Luciana Maria de Aragão. América Latina e o giro decolonial. Revista Brasileira de Ciência Política, Brasília, n. 11, p.89-117, 2013.

BALLESTRIN, Luciana Maria de Aragão. Feminismos Subalternos. Estudos Feministas, Florianópolis, v. 25, n. 3, p. 1035-1054, 2017.

BALLESTRIN, Luciana Maria de Aragão. Feminismo De(s)colonial como Feminismo Subalterno Latino-Americano. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 28, n. 3, 2020.

BAKARE-YUSUF, Bibi. Yorubas don’t do gender: a critical review of Oyeronke Oyěwùmí’s The Invention of Women: Making an African Sense of Western Gender Discourses. In: VVAA. African Gender Scholarship: Concepts, Methodologies and Paradigms. Dakar: Codesria, 2004. p. 61-81 (Codesria Gender Series).

BIDASECA, Karina. Los peregrinajes de los feminismos de color en el pensamiento de María Lugones. Estudos Feministas, Florianópolis, v. 22, n. 3, p. 953-964, 2014.

CANDAU, Vera Maria Ferrão. Diferenças culturais, Interculturalidade e Educação em Direitos Humanos. Educação e Sociedade, Campinas, v. 33, p. 235-250, 2012.

CARVALHO, Guilherme Paiva; SILVA, Eliane Anselmo. Justiça social e multiculturalismo: as políticas de reconhecimento de identidades étnico-culturais no Brasil. Direitos Fundamentais e Justiça, ano 9, n. 31, p. 134-159, 2015.

CORONIL, Fernando. Naturaleza del poscolonialismo: del eurocentrismo al globocentrismo. In: LANDER, Edgardo (org.). La colonialidad del saber: eurocentrismo y ciencias sociales. Buenos Aires: CLACSO, Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales, 2000.

CURIEL, Ochy. Construyendo metodologías feministas desde el feminismo decolonial. In: AZKUE, Irantzu Mendia et al. Otras Formas de (Re)Conocer: Reflexiones, herramientas y aplicaciones desde la investigación feminista. Donostia-San Sebastian: Hegoa, 2014.

DUSSEL, Enrique. Europa, modernidad y eurocentrismo. In: LANDER, Edgardo (org.). La colonialidad del saber: eurocentrismo y ciencias sociales. Buenos Aires: CLACSO, Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales, 2000.

DUSSEL, Enrique. 1492, El encubrimiento del otro. 1. ed. Buenos Aires: Docencia, 2012 (Obras Selectas, XIX).

ESPINOSA-MIÑOSO, Yuderkys. Una crítica descolonial a la epistemologia feminista crítica. El Cotidiano, México, n. 184, p. 7-12, 2014.

FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Tradução de Renato da Silveira. Salvador: EDUFBA, 2008.

FALQUET, Jules. Las “Feministas autónomas” latinoamericanas y caribeñas: veinte años de disidencias. Universitas Humanística, Bogotá, v. 78, p. 39-63, 2014.

FUNARI, Pedro Paulo; PIÑON, Ana. A Temática Indígena na Escola. 1. ed. São Paulo: Contexto, 2016.

HALL, Stuart. Da diáspora: identidades e mediações culturais. Belo Horizonte: Editora UFMG; Brasília: Representação da UNESCO no Brasil, 2003.

LUGONES, María. Playfulness, “World”-Travelling, and Loving Perception. Hypatia, v. 2, n. 2, 1987.

LUGONES, María. Pilgrimages/Peregrinajes: Theorizing Coalition against Multiple Opressions. Lanham, Md: Rowman & Littlefield, 2003.

LUGONES, María. Heterosexualism and the Colonial/Modern Gender System. Hypatia, v. 22, n. 1, p. 186-209, 2007.

LUGONES, María. Colonialidad y Género. Tabula Rasa, Bogotá, Colombia, n. 9, p.73-101, 2008.

LUGONES, María. Hacia un feminismo descolonial. La manzana de la discordia, v. 6, n. 2, p. 105-119, 2011.

LUGONES, María. Rumo a um feminismo descolonial. Estudos Feministas, Florianópolis, v. 22, n. 3, p. 935-952, 2014a.

LUGONES, María. Radical Multiculturalism and Women of Color Feminism. Journal for Cultural and Religions Theory, v. 13, p. 68-80, 2014b.

MALDONADO-TORRES, Nelson. On the Coloniality of Human Rights. Revista Crítica de Ciências Sociais, v. 114, p. 117-136, 2017.

MIGNOLO; Walter. Cuáles son los temas de género y (des)colonialidad? Género y descolonialidad. 2. ed. Ciudad Autónoma de Buenos Aires: Del Signo, 2014.

MIGNOLO, Walter; JIMÉNEZ-LUCENA, Isabel; LUGONES, María; TLOSTANOVA. Género y descolonialidad. 2. ed. Ciudad Autónoma de Buenos Aires: Del Signo, 2014.

MOYA, Paula M. L. Pilgramages/Peregrinajes: Theorizing Coalition against Multiple Opressions by María Lugones. Hypatia, v. 21, n. 3, p. 198-202, 2006.

NASCIMENTO, Wanderson Flor do. Oyèrónkẹ́ Oyěwùmí: potências filosóficas de uma reflexão. Problemata: Intertional Journal of Philosophy, v. 10, n. 2, p. 8-28, 2019.

NOGUERA, Renato. O Ensino de Filosofia e a Lei 10.639. 1. ed. Rio de Janeiro: Pallas: Biblioteca Nacional, 2014.

OYӖWÙMÍ, Oyèronké. La Invención de las Mujeres: Una perspectiva africana sobre los discursos occdentales del género. Traducción de Alejandro Montelongo González. Bogotá: En la Frontera, 2017.

PAREDES, Julieta. Hilando Fino. Desde el feminismo comunitario. 2. ed. México: Comunidad Mujeres Creando Comunidad, 2014.

QUIJANO, Aníbal. A Colonialidade do poder, Eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, Edgardo (org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Buenos Aires: CLACSO, Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales, 2005.

QUIJANO, Aníbal. Colonialidad del poder y clasificación social. In: QUIJANO, Aníbal. Cuestiones y horizontes: de la dependencia histórico-estructural a la colonialidad/descolonialidad del poder. Buenos Aires: CLACSO, 2014.

MAY, Roy H. Ética y médio ambiente: hacia una vida sostenible. 2. ed. San José, Costa Rica: DEI, 2004.

MIES, María. La necesidad de un nuevo proyecto: el planteamiento de subsistencia. In: MIES, María; SHIVA, Vandana. La praxis del ecofeminismo: biotecnología, consumo, reproducción. Traducción de Mireia Bofill y Daniel Aguilar. Barcelona: Icaria Antrazyt, 1998.

MUNANGA, Kabengele. Rediscutindo a mestiçagem no Brasil: identidade nacional versus identidade negra. Petrópolis, RJ: Vozes, 1999.

MUNANGA, Kabengele. Considerações sobre o debate nacional a respeito do multiculturalismo na escola e das cotas no Ensino Superior. Universidade e Sociedade Brasília, v. XX, p. 35-44, 2010.

SAID, Edward. Orientalismo: o Oriente como invenção do Ocidente. Tradução de Tomás Rosa Bueno. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.

SCHWARCZ, Lilia Moritz. O espetáculo das raças: cientistas, instituições e questão racial no Brasil. 1870-1930. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.

SCHWARCZ, Lilia Moritz. Racismo no Brasil. 2. ed. São Paulo: Publifolha, 2013.

SEGATO, Rita Laura. Gênero e colonialidade: em busca de chaves de leitura e de um vocabulário estratégico descolonial. E-cadernos, CES, v. 18, 2012.

SHIVA, Vandana. Monoculturas da mente: perspectivas da biodiversidade e da biotecnologia. São Paulo: Gaia, 2003.

TAYLOR, Charles et al. Multiculturalismo: examinando a política de reconhecimento. Tradução de Marta Machado. Lisboa: Instituto Piaget, 1998.

TODOROV, Tzvetan. A conquista da América: a questão do outro. Tradução de Beatriz Perrone Moi. São Paulo: Martins Fontes, 2010.

WIEVIORKA, Michel. Será que o multiculturalismo é a resposta? Educação, Sociedade e Culturas, n.12, p. 7-46, 1999.

ZEA, Leopoldo. Discurso desde a marginalização e a barbárie. Tradução de Luis Gonzalo Acosta Espejo e Maurício Delamro. Rio de Janeiro: Garamond, 2005.

Recebido: 14/8/2020 - Aceito: 28/01/2021

Published

2022-01-06 — Updated on 2022-06-23

How to Cite

Postcolonial thought, gender, and power in María Lugones’s theory: ontological multiplicity, and multiculturalism. (2022). Trans/Form/Ação, 45(Special Issue 2), 311-338. https://doi.org/10.1590/0101-3173.2022.v45esp.16.p311