João Duns Scotus sobre a escravidão

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/0101-3173.2019.v42esp.16.p291

Palavras-chave:

Escravidão por natureza, Aristóteles, Escravidão legal, Liberdade, Tomás de Aquino, João Duns Scotus

Resumo

As contribuições dos pensadores medievais para o debate em torno da escravidão ainda são pouco conhecidas em seus detalhes. Junto com as abordagens na filosofia antiga, na patrística, no direito romano e no direito canônico, elas formam um corpo de textos e de ideias fundamental para se compreender o tratamento da escravidão do século 16 ao século 19. Neste artigo, busca-se expor e analisar a abordagem que João Duns Scotus dá ao tema, contrastando-a com as visões de Aristóteles e de Tomás de Aquino. As posições de Scotus dependem de seus pareceres sobre a liberdade, a propriedade e a lei positiva, bem como sobre o significado do livre arbítrio como condição prático-racional de todos os seres humanos. Na base dessas ideias, Scotus restringe de forma severa as condições de lei positiva segundo as quais a servidão pode ser introduzida com justiça e o escopo de perda de liberdade que pode ser aceito no contrato da escravidão.

Recebido: 30/12/2019
Aceito: 30/12/2019

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Biografia do Autor

  • Roberto Hofmeister Pich, Universidade Católica do Rio Grande do Sul

    Professor do Programa de Pós-Graduação em Filosofia e do Programa de Pós-Graduação em Teologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, RS – Brasil. Doutor em Filosofia pela Rheinische Friedrich-Wilhelms-Universität Bonn, Alemanha. O presente estudo é fruto de um período de atividades acadêmicas na Universidade de Bonn, como primeiro detentor da Cátedra CAPES – Universidade de Bonn. Expresso, aqui, o meu agradecimento ao inestimável apoio dessas duas instituições.

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Publicado

30-01-2020

Edição

Seção

Artigos e Comentários

Como Citar

PICH, Roberto Hofmeister. João Duns Scotus sobre a escravidão. Trans/Form/Ação, Marília, SP, v. 42, n. Special Issue, p. 291–332, 2020. DOI: 10.1590/0101-3173.2019.v42esp.16.p291. Disponível em: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/transformacao/article/view/9615.. Acesso em: 22 nov. 2024.