Palavra do Editor
DOI:
https://doi.org/10.1590/0101-3173.2018.v41n3.01.p7Palavras-chave:
Palavra do EditorResumo
O presente fascículo da revista Trans/Form/Ação traz um conjunto de dez textos inéditos, com temas que concernem ao ceticismo, à filosofia contemporânea e à filosofia da mente. Abrimos com o ensaio de Abah Andrade, que propõe uma leitura dos tropos de Enesidemo e examina o ponto de origem da epoché, a experiência com a verdade como o múltiplo do que aparece, a verdade não-epistemológica. Na continuação, a releitura de Franz Brentano da definição aristotélica da verdade como correspondência é analisada por Evandro O. de Brito; e a relação entre a transvaloração dos valores de Nietzsche e sua transgressão semântica e estilística como subversão do valor da verdade é trabalhada por Renarde F. Nobre. Em uma abordagem voltada à filosofia da mente, Érico Andrade aponta dois registros da relação entre mente e corpo em Descartes: no plano metafísico-epistemológico, o dualismo de duas substâncias separadas; no plano antropológico-moral, a interação entre essas duas substâncias no composto que surge da sua união, donde decorrem as paixões. Alguns artigos se ocupam da temática marxista ou pós-marxista: a tese de Slavoj Zizek sobre o legado hegeliano no Marx maduro (pós 1850) é verificada por Pedro Laureano, contribuindo para o esclarecimento da questão do sujeito histórico em Hegel e Marx; a forma como a questão da mulher oferece condições para a transformação da relação entre patriarcado e capitalismo é analisada por Marta N. da Costa; o duplo objetivo da teoria crítica de Adorno de desbarbarização da sociedade e de emancipação das pessoas é examinado por Amaro Fleck. Na sequência, Miguel Vicente-Pedraz e María P. Brozas-Polo discutem as investigações fenomenológicas acerca do corpo, de Ortega y Gasset, para a compreensão da socialibilidade. Essa relação de textos termina com dois artigos: Robson R. dos Reis apresenta uma análise do texto de Heidegger sobre a pulsão e aptidão nos entes desprovidos de mundo (animais e plantas); e Tatiana G. Rotondaro reflete sobre as transformações contemporâneas das ciências da vida no tocante à percepção e maneira de lidar com o corpo biológico dos humanos.
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