Sobre a negatividade conceitual do sentimento ou a filosofia schopenhaueriana da linguagem

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/0101-3173.2020.v43n1.10.p173

Palavras-chave:

conceito, sentimento, filosofia, Schopenhauer, Música

Resumo

Arthur Schopenhauer possui uma concepção acerca da natureza do conceito que atravessa o seu pensamento, desde o início de sua produção filosófica. Inicialmente abordado a partir de sua acepção racional abstrata, em O mundo como vontade e como representação, o conceito adquire traços mais profundos em função do sentimento (Gefühl). O conceito “não-conceito” sentimento determinará os rumos da filosofia de Schopenhauer, ao evidenciar os limites da linguagem. A linguagem filosófica, por consequência, exprime um paradoxo, pois pretende expressar em linguagem abstrata um conteúdo concreto cuja natureza não pode ser por ela determinado. Por ser um construto conceitual abstrato, a linguagem filosófica possui um estatuto ontológico secundário e, portanto, incompleto, em relação ao conteúdo da realidade concreta. Este artigo pretende mostrar que os sentimentos são, nesse sentido, o meio não conceitual que esclarece a própria natureza dos conceitos e, por consequência, a via não-filosófica que paradoxalmente melhor expressa o conteúdo da filosofia. No registro do sentimento, Schopenhauer reconhece na linguagem musical o âmbito de justificação adequado da linguagem filosófica.

Recebido: 29/09/2017
Aceito: 11/11/2019

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Biografia do Autor

  • Luan Corrêa da Silva, Universidade Estadual do Ceará

    Professor Substituto do Departamento de Filosofia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba, PR – Brasil. Doutor em Filosofia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

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Recebido: 29/09/2017 - Aceito: 11/11/201

Publicado

30-03-2020 — Atualizado em 13-07-2022

Edição

Seção

Artigos e Comentários

Como Citar

DA SILVA, Luan Corrêa. Sobre a negatividade conceitual do sentimento ou a filosofia schopenhaueriana da linguagem. Trans/Form/Ação, Marília, SP, v. 43, n. 1, p. 173–188, 2022. DOI: 10.1590/0101-3173.2020.v43n1.10.p173. Disponível em: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/transformacao/article/view/7348.. Acesso em: 15 nov. 2024.