A ciência pós-determinista, supradisciplinar e transparadigmática: reacendendo o debate sobre teoria, analogia e conceito
DOI:
https://doi.org/10.1590/0101-3173.2020.v43n1.09.p151Palavras-chave:
ciências sociais, ciências naturais, Analogia e complexidade, Teoria e conceitoResumo
Este artigo se inicia discutindo um tema relativamente clássico na epistemologia, qual seja, analogia, conceito e teoria, explorando uma perspectiva contemporânea do fazer científico e, em alguma medida, da filosofia. A partir daí, busca reacender o debate, sempre necessário, sobre teoria, analogia e conceito, à luz da produção do conhecimento científico, destacando abordagens supradisciplinares e transparadigmáticas. Para tanto, socorre-se de diferentes áreas do conhecimento científico, a sociologia clássica e contemporânea, elementos da biologia, aspectos da cibernética, para demostrar que a ciência, de modo geral, considerando suas múltiplas disciplinas, intercambia de forma cada vez mais dinâmica raciocínios analógicos, com vistas a dar conta da crescente complexidade em que se encontra.
Recebido: 28/03/2017
Aceito: 23/02/2020
Downloads
Referências
ASHBY, W. Ross. Introdução à cibernética. São Paulo: Perspectiva, 1970.
BADIOU, Alain. La aventura de la filosofia francesa a partir de 1960. Buenos Aires: Eterna Cadência, 2013.
BAUMER, Franklin. O pensamento europeu moderno: século XIX e XX. v. II, Lisboa: Edições 70, 1977.
BOURDIEU, Pierre; CHAMBOREDON, Jean-Claude; PASSERON, Jean-Claude. A profissão de sociólogo. Petrópolis: Vozes, 1999.
BUCKLEY, Walter (ed.). Modern systems research for the behavioral scientist. Chicago: Aldine, 1969.
CAPRA, Fritjof. A Teia da Vida. São Paulo: Cultrix, 1997.
CLAM, Jean. Questões fundamentais de uma teoria da sociedade: contingência, paradoxo, só-efetuação. São Leopoldo: Editora Unisinos, 2006.
COMTE, Auguste. Curso de Filosofia Positiva. São Paulo: Abril Cultural, 1983 (Coleção Os Pensadores).
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. O que é filosofia? Rio de Janeiro: Editora 34, 1992.
DUPUY, M. Jean-Pierre. Nas origens das ciências cognitivas. São Paulo: UNESP, 1996.
DURKHEIM, Emile. Vida e Obra. São Paulo: Abril Cultural, 1978 (Coleção Os Pensadores).
DURKHEIM, Emile. Da divisão do trabalho social. São Paulo: Martins Fontes, 1995.
EPSTEIN, Isaac. Introdução. In: EPSTEIN, Isaac. Cibernética e comunicação. São Paulo: Cultrix, 1973.
FOERSTER, Heinz von. Undertanding undertanding. Essay on Cybernetics and Cognition. New York: Springer, 2003.
FOERSTER, Heinz von. Las semillas de la cibernética. Barcelona: Gedisa, 2006.
HESSE, Mary B. Models and analogies in science. Notre Dame: University of Notredame Press, 1966.
LUHMANN, Niklas. Estudos Sociológicos. México: El Colegio de México, v. X, 1992. p. 137-150.
LUHMANN, Niklas. Sistemas Sociales: Lineamentos para una teoría general. Rudí (Barcelona): Anthropos; México Universidad Iberoamericana: Santa Fé de Bogotá: CEJA, Pontificia Universidad Javeriana, 1998.
LUHMANN, Niklas. La sociedad de la sociedad. México: Iberoamericana/Herder, 2007.
MATURANA, Humberto. Cognição, ciência e vida cotidiana. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2001.
MATURANA, Humberto; VARELA, Francisco. Autoposieis and cognition: The Realization of the Living. London: D. Reidel, 1980.
MATURANA, Humberto; VARELA, Francisco. A Árvore do conhecimento: as bases biológicas do entendimento humano. Campinas: Posy II, 1995a.
MATURANA, Humberto; VARELA, Francisco. De Máquinas y Seres Vivos - Autopoiesis: la organización de lo vivente. Santiago do Chile: Universitária, 1995b.
MCCULLOCH, Warren; PITTS, Walter. A Logical Calculus of the Ideas Immanent in Nervous Activity. Bulletin of mathematical of biophysics. Chicago, v. 5 p. 115-133, 1943.
MENDONÇA, Daniel; RODRIGUES, Léo Peixoto. Laclau e Luhmann: um diálogo possível. In: RODRIGUES, L. Peixoto; MENDONÇA, Daniel. Ernesto Laclau e Niklas Luhmann: Pós-fundacionismo, abordagem sistêmica e as organizações sociais. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2006, p. 87-99.
MOYA, Carlos. La division del trabajo social em Emile Durkheim. Revista do Trabajo, Madrid, n. 30, p. 87-98, 1972.
PRIGOGINE, Ilya. O fim das certezas. São Paulo: UNESP, 1996.
RODRIGUES, Léo Peixoto. Analogias, Modelos e Metáforas na Produção de Conhecimento em Ciências Sociais. Pensamento Plural , v. 1, p. 11-28, 2007.
RODRIGUES, Léo Peixoto. O Estruturalismo Francês: aspectos históricos e epistemológicos. In: SCHULZ, Rosangela (org.). Ensaios de Sociologia e Política. Pelotas: UFPel, 2010.
RODRIGUES, Léo Peixoto. Da fisiologia à Sociologia? Elementos para uma revisão da história teórica da sociologia sistêmica. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 28, n. 82, p 165-178, jun. 2013.
RODRIGUES, Léo Peixoto; NEVES, Fabrício. A Sociologia de Niklas Luhmann. Petrópolis-RJ: Vozes, 2017a.
RODRIGUES, Léo Peixoto; NEVES, Fabrício (org.). Sistemas sociais: ensaios teóricos. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2017b.
RODRÍGUEZ, Darío R.; TORRES, Javier N. Autopoiesis, la unidad de una diferencia: Luhmann y Maturana. Sociologias. Porto Alegre: UFRGS. n. 9, p. 106-140, jan./jun. 2003.
SPENCER, Herbert. Primeiros princípios. Biblioteca Universal Virtual, 2003. Disponível em: http://www.alejandriadigital.com/wp- content/uploads/2016/01/SPENCER,%20Herbert%20-%20Primeros%20Principios.pdf Acesso em: 18 nov. 2016.
WIENER, Norbert; SCHADÉ, Joahnnes. P. (ed.). Cybernetics of the nervous systems. New York: Elsevier, 1965.
Recebido: 28/03/2017 - Aceito: 23/02/2020
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 TRANS/FORM/AÇÃO: Revista de Filosofia
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Este é um artigo publicado em acesso aberto sob uma licença Creative Commons.