Kant, Hegel, Foucault e a Desrazão na História: o Cânone Filosófico de História da Loucura

Autores

  • Tomás PRADO

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0101-31732014000200011

Palavras-chave:

Razão. Desrazão. Loucura. Filosofia. História.

Resumo

Este artigo propõe relacionar as filosofias da história de Kant e de Hegel às bases do pensamento de Foucault, em História da loucura na idade clássica. Buscamos reconhecer, não indícios de uma história cosmopolita ou universal, mas em que medida o pensamento crítico e a filosofia como ciência das essências puras comparecem na inteligibilidade histórica de Foucault. A reunião de uma diversidade de experiências sob o conceito de desatino (déraison, desrazão), fio condutor da obra, sugere uma proximidade com a tradição. Por outro lado, a falta de um critério intrínseco, o qual justifique a referência de tal multiplicidade à alcunha da loucura, faz com que o fio condutor se restrinja a um aspecto negativo e que, positivamente, Foucault estabeleça para seu trabalho um primado empírico, na forma de uma constelação de imagens. O procedimento de História da loucura, que, junto ao interesse pela desrazão, inaugura o privilégio dado pelo filósofo francês à análise das descontinuidades nos levaa reconhecer a razão com base nos casos que solapam aos seus limites, às essências por ela própria discernidas, e com base nas práticas por ela promovidas e justificadas.

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Publicado

18-12-2014

Edição

Seção

Artigos e Comentários

Como Citar

PRADO, Tomás. Kant, Hegel, Foucault e a Desrazão na História: o Cânone Filosófico de História da Loucura. Trans/Form/Ação, Marília, SP, v. 37, n. 02, 2014. DOI: 10.1590/S0101-31732014000200011. Disponível em: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/transformacao/article/view/3889.. Acesso em: 12 nov. 2024.