Nietzsche e Brandes

a memória de um radicalismo aristocrático

Autores

  • Adilson Felicio Feiler Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS

DOI:

https://doi.org/10.1590/0101-3173.2022.v45n2.p13

Palavras-chave:

Nietzsche, Brandes, Memória, Cultura, Aristocracia

Resumo

O pensamento de Nietzsche é recepcionado na Escandinávia, através do historiador dinamarquês Georg Brandes. O historiador é atraído pelo aspecto aristocrático, o qual se depreende da leitura que Nietzsche realiza sobre a cultura. A radicalidade, a originalidade e a minuciosidade psicológica, que se reconhece no espírito filosófico do pensador alemão, permeiam a leitura que Brandes faz do autor de Zaratustra. O próprio Nietzsche dá testemunho do quanto seu nome, graças a Brandes, passa a ser conhecido na Dinamarca, em suas diversas cartas e outros escritos, atestando, inclusive, um correto entendimento de seu pensamento. Esta proposta tem o intuito de averiguar o papel que a memória, em seu sentido aristocrático, tem a contribuir na recepção nietzschiana, efetuada por Brandes. Em que medida a mnemotécnica pode apontar caminhos para uma cultura aristocrática, no contexto da Dinamarca de Brandes?

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Adilson Felicio Feiler, Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS

    Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), São Leopoldo, RS – Brasil. 

Referências

ACAMPORA, Christa Davis. As disputas de Nietzsche. Trad. Peterson Roberto da Silva; revisão técnica de Jean Gabriel Castro da Costa. Florianópolis: Editora da UFSC, 2018.

BEHLER, Ernst. Nietzsche no século XX. In: Nietzsche. MAGNUS, Bernd; HIGGINS, Kathleen H. (org.). Trad. André Oídes. São Paulo: Ideias & Letras, 2017.

BRANDES, Georg. Formas e pensamentos. In: Ensaios. Munique: Albert Langen, 1903. 337-340.

BRANDES, Georg.The world at war. Translated by Catherine D. Groth. New York: The Macmillan Company, 1917.

BRANDES, Georg. Jesus a myth. Translated by Edwin Björkman. New York: Albert & Charles Boni, 1926.

BRANDES, Georg. Nietzsche. Un ensayo sobre el radicaliso aristocrático. Trad. José Liebermann. Madrid: Sexto Piso, 2008.

BRANDES, Georg. Friedrich Nietzsche. New York: Create Space Independent Publishing Platform, 2014.

JANZ, Curt Paul. Friedrich Nietzsche. Uma biografia. V. I: Infância, juventude. Os anos em Basileia. Trad. Markus A. Hediger e Luís M. Sander. Petrópolis: Vozes, 2015a.

JANZ, Curt Paul. Friedrich Nietzsche. Uma biografia. V. II: Os dez anos do filósofo livre (Primavera de 1879 a dezembro de 1888). Trad. Markus A. Hediger. Petrópolis: Vozes, 2015b.

JANZ, Curt Paul. Friedrich Nietzsche. Uma biografia. V. III: Os anos de esmorecimento, documentos, fontes e registros. Trad. Markus A. Hediger. Petrópolis: Vozes, 2015c.

MAGNUS, Bernd; HIGGINS, Kathleen H. (org.) Nietzsche. Trad. André Oídes. São Paulo: Ideias & Letras, 2017.

NIETZSCHE, Friedrich W. Sämtliche Briefe: Kritische Gesamtausgabe Briefwechsel KGB. Herausgegeben von Georgio Colli und Mazzino Montinari. Berlin: Walter de Gruyter, 1986. 8 Bd.

NIETZSCHE, Friedrich W. O nascimento da tragédia. Trad. Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.

NIETZSCHE, Friedrich W. Ecce Homo. Como alguém se torna o que é. Trad. Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

NIETZSCHE, Friedrich W. Kritische Studienausgabe. Herausgegeben von Giorgio Colli und Mazzino Montinari. Berlin: Walter de Gruyter, 1999a. 15 Bd.

NIETZSCHE, Friedrich W. Obras incompletas. Trad. Rubens Rodrigues Torres Filho. São Paulo: Nova Cultural, 1999b.

NIETZSCHE, Friedrich W. Além do bem e do mal. Prelúdio a uma filosofia do futuro. Trad. Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

NIETZSCHE, Friedrich W. A gaia ciência. Trad. Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2001a.

NIETZSCHE, Friedrich W. Genealogia da Moral. Uma polêmica. Trad. Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2001b.

NIETZSCHE, Friedrich W. Aurora. Trad. Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.

NIETZSCHE, Friedrich W. Humano, demasiado humano. Um livro para espíritos livres. Trad. Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.

NIETZSCHE, Friedrich W. Assim falou Zaratustra. Trad. Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.

NIETZSCHE, Friedrich W. O Anticristo e Ditirambos de Dionísio. Trad. Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2016.

WOODWARD, Ashley. Nietzschianismo. Trad. Diego Kosbiau Travisan. Petrópolis: Vozes, 2011.

Recebido: 08/7/2021 - Aceito: 30/11/2021

Publicado

29-03-2022 — Atualizado em 20-03-2023

Edição

Seção

Artigos e Comentários

Como Citar

FEILER, Adilson Felicio. Nietzsche e Brandes: a memória de um radicalismo aristocrático. Trans/Form/Ação, Marília, SP, v. 45, n. 2, p. 13–38, 2023. DOI: 10.1590/0101-3173.2022.v45n2.p13. Disponível em: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/transformacao/article/view/13167.. Acesso em: 13 nov. 2024.