Pensar com V. Flusser a propósito da técnica
DOI:
https://doi.org/10.1590/0101-3173.2021.v44dossier.07.p117Palavras-chave:
Imagens Técnicas, Inobjeto, Pós-História, Imaginação TécnicaResumo
Do interior da nossa cultura está a emergir uma outra, definida por um outro paradigma, ainda difuso, mas cujo corolário poderia ser marcado pelo advento da fotografia, protótipo da imagem técnica ou tecnoimagem. É obrigatório rever e ressignificar toda a nossa forma de pensar, o envolvimento da nossa consciência e imaginação, na sua relação com o que representa o novo: a tecnociência. O nosso habitar espácio-temporal está impregnado de instrumentos técnicos (digitais), produtores de códigos/signos que determinam as categorias da nossa estrutura sensório-cognitiva e constroem um novo modelo antropoepistémico: o sujeito protésico. Estamos no limiar de uma nova época, determinada por um constructum de cenas imagéticas, a pós-história (expressão cunhada por Flusser): o acesso ao mundo, a sua eventual manipulação e a postura humana ligam-se a códigos comunicativos, provenientes da técnica, imagéticos e visuais, em detrimento da escrita, própria de uma época anterior (história). Se queremos penetrar no Universo em que nos movemos, é indispensável refletir sobre o modo de ser da Técnica, das imagens técnicas e das não-coisas (inobjetos) que o inundam e definem.
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Recebido: 08/01/2021 - Aceito: 08/3/2021
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