Religião, vida e sociedade
breve estudo a partir de Bergson e Freud
DOI:
https://doi.org/10.1590/0101-3173.2021.v44n3.14.p151Palavras-chave:
Bergson, Freud, Religião, Moral, Vida, SociedadeResumo
O artigo visa indagar em que medida a religiosidade, observada a partir de seu contexto originário, seria um dos meios encontrados pela civilização para abafar impulsos humanos primários tendentes à desagregação social e moral. A despeito dessa tentativa de controle, questionamos o quanto tais impulsos ditos primitivos prevalecem em nossa constituição biológica, psíquica e social de modo a justificarem comportamentos aberrantes tão comuns em nossa época. Partiremos das ideias de Henri Bergson, apresentadas no segundo capítulo d’As duas fontes da moral e da religião, intitulado “A religião estática” em cotejo aos argumentos de Sigmund Freud apresentados, sobretudo, em O futuro de uma ilusão e Totem e tabu. Apesar da aproximação com as ciências sociais, seguiremos a hipótese de que o livro de Bergson nutre um diálogo mais fecundo com a teoria freudiana no que tange à compreensão da religiosidade dita primitiva em oposição, ou não, à civilizada.
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Recebido: 13/7/2020
Aceito: 11/9/2020
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