ÉTICA E ESTÉTICA NO ROMANCE JÚLIA OU A NOVA HELOÍSA DE JEAN-JACQUES ROUSSEAU

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DOI:

https://doi.org/10.36311/1984-8900.2020.v12n31.p245-264

Palabras clave:

Belo, Bom, Muito Belo, Muito Bom, Estética, Romance

Resumen

Em 1761, o filósofo Jean-Jacques Rousseau publicou o romance epistolar Júlia ou a nova Heloísa, cujo principal tema é a virtude. Não obstante, ainda na primeira parte do romance, a personagem Saint-Preux propõe um método de estudos para a personagem Júlia, que consiste em cultivar o espírito por meio de uma singular educação moral e, sobretudo, estética. Entretanto, diferentemente dos outros escritos de Rousseau, é na Nova Heloísa que ele desdobra os conceitos de belo e de bom nos conceitos de muito belo e de muito bom, que são fundamentais para a concepção estética e moral do filósofo, assim como para a organização interna do romance. Este artigo tem por objetivo, portanto, circunscrever, no romance, um aspecto da estética de Rousseau, destacando sua ligação com a moral.

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Referencias

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Publicado

2020-07-20

Número

Sección

Artigos