ÉTICA E ESTÉTICA NO ROMANCE JÚLIA OU A NOVA HELOÍSA DE JEAN-JACQUES ROUSSEAU
DOI:
https://doi.org/10.36311/1984-8900.2020.v12n31.p245-264Keywords:
Belo, Bom, Muito Belo, Muito Bom, Estética, RomanceAbstract
Em 1761, o filósofo Jean-Jacques Rousseau publicou o romance epistolar Júlia ou a nova Heloísa, cujo principal tema é a virtude. Não obstante, ainda na primeira parte do romance, a personagem Saint-Preux propõe um método de estudos para a personagem Júlia, que consiste em cultivar o espírito por meio de uma singular educação moral e, sobretudo, estética. Entretanto, diferentemente dos outros escritos de Rousseau, é na Nova Heloísa que ele desdobra os conceitos de belo e de bom nos conceitos de muito belo e de muito bom, que são fundamentais para a concepção estética e moral do filósofo, assim como para a organização interna do romance. Este artigo tem por objetivo, portanto, circunscrever, no romance, um aspecto da estética de Rousseau, destacando sua ligação com a moral.
Downloads
References
______. Júlia, ou, A Nova Heloísa. São Paulo: Editora de Humanismo, Ciência e tecnologia HUCITEC em coedição com a Universidade Estadual de Campinas UNICAMP, 1994.
______. Emílio, ou, Da Educação. São Paulo: Martins Fontes, 2014.
______. Discurso sobre as ciências e as artes. São Paulo: Nova Cultural, 1999.
______. Discurso sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade entre os Homens. São Paulo: Nova Cultural, 1999.
______. Prefácio de Narciso. São Paulo: Nova Cultural, 1999.
______. Carta a d’Alembert sobre os espetáculos Campinas, SP: Editora Unicamp, 2015.
______. Confissões. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2018.
DIDEROT, D. Elogio a Richardson. São Paulo: Perspectiva, 2000.
______. Ensaios sobre a pintura. Campinas, SP: Papirus: Editora da Universidade de Campinas, 1993.
______. O sobrinho de Rameau. São Paulo: Perspectiva, 2006.
CASSIRER, E. A questão Jean-Jacques Rousseau. São Paulo: Editora Unesp, 1999.
DUFLO, Colas, Les aventures de Sophie. La philosophie dans Le Roman au XVIII siècle. Paris: CNRS Éditions, 2013.
FORT, B. “Peinture et féminité chez Jean-Jacques Rousseau”. In: Reveu d’Histoire littéraire de la France. Nº2, 2004, p. 362-294.
GILSON, E. Heloísa & Abelardo. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2007.
JAUSS, H. R. Pour une herméneutique littéraire, Paris: Éditions Gallimard, 1982.
JOST, F. Richardson Rousseau et le roman épitolaire. In: Cahiers de l’associoation internationale des études françaises, 1977, nº 29, p. 173- 185.
KANT, I. Crítica da faculdade de julgar. Petrópolis, RJ: Vozes; Bragança Paulista, SP: Editora Universitária São Francisco, 2019.
MALL, L. Émile ou les figures de la fiction. Oxford, The Voltaire Foundation : 2002.
PLUTARCO. As vidas dos homens ilustres. Terceiro tomo. São Paulo: Editora das Américas, 1954.
STAROBINSKI, J. Jean-Jacques Rousseau a transparência e o obstáculo. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.
______. Accuser et Séduire. Essais sur Jean-Jacques Rousseau. Paris : Gallimard, 2012.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Copyright (c) 2020 Kínesis - Revista de Estudos dos Pós-Graduandos em Filosofia
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.