O Abandono das Políticas Públicas para EJA e os Reflexos na Avaliação da Aprendizagem dos Alunos desta Modalidade de Ensino:
Estudo exploratório em um município do interior paulista.
DOI:
https://doi.org/10.36311/2236-5192.2023.v24.e023017Palavras-chave:
Políticas Públicas para Educação de Jovens e Adultos., Avaliação na EJA., Avaliação da Aprendizagem.Resumo
Este artigo é resultado de uma pesquisa de Iniciação Cientifica que objetivou identificar o percurso das políticas públicas para a EJA nos últimos dez anos e verificar os seus possíveis reflexos na avaliação da aprendizagem nesta modalidade em um município do interior paulista. A pesquisa foi desenvolvida com abordagem qualitativa e metodologia bibliográfica e documental. Como resultados, destacamos que a análise das metas do PNE e do PME de Marília apresentam um descompasso entre o planejado e o realizado. As metas para redução do analfabetismo não condizem com as matrículas da EJA que vêm decrescendo acentuadamente nos últimos doze anos. O abandono das políticas da EJA fica evidenciado com o fim da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SEDADI) em 2019 e queda de 95,56% dos recursos federais destinados a EJA entre os anos de 2012 e 2020. No PPP das duas escolas que ofertam EJA também foi possível identificar pouca alteração no currículo oferecido para o ensino regular, e a EJA. Destacamos o estudo de Nascimento (2011) do qual apresenta que a não aprendizagem se revelou estar muito mais associada ao funcionamento da escola que dificulta a qualquer sujeito sua efetiva aprendizagem.
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