AS LUTAS DE CLASSES VISTAS PELO SEU AVESSO

A subversão reacionária

Autores

  • Virgínia Fontes

DOI:

https://doi.org/10.36311/2526-1843.2021.v6n8.p57-80

Palavras-chave:

Subalterno. Luta de classes. Educação. Aparelhos Privados de Hegemonia.

Resumo

Partindo da categoria gramsciana de subalterno, pretendemos mostrar como os aparelhos privados de hegemonia das classes dominantes incidem sobre a educação e formação político-intelectual das classes trabalhadoras do campo e da cidade, com vistas a sua conformação psicofísica. Deste modo, olhando pelo avesso, isto é, através da observação das práticas dos dominantes, podemos supor que o que se afigura como fragmentação das classes subalternas é a forma concreta atual da sujeição do trabalho ao capital. Deste modo, abordar o processo histórico atual através da subalternização (com seu lastro de hierarquias, expropriações, exploração, opressões e devastação da natureza) permite a abertura de um ângulo de visão importante para a definição tanto das condições objetivas quanto subjetivas da constituição e lutas das classes subalternas.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

AMARAL, Laura Beraldo. Os entrelaçamentos proprietários no Brasil entre 1998 e 2020. (Tese de Doutorado em Economia da Indústria e da Tecnologia). Rio de Janeiro, UFRJ, 2021.

ANTUNES, Ricardo. O privilégio da servidão. SP, Boitempo, 2018.

BISC. Comunitas. Relatório 2020. Disponível em: https://www.comunitas.org/wp-content/uploads/2021/05/BISC_2020_Relat%C3%B3rioFinal_DIGITAL. acesso 17/06/2021.

BRADESCO. Formulário de Referência 2020. https://api.mziq.com/mzfilemanager/v2/d/80f2e993-0a30-421a-9470-a4d5c8ad5e9f/2ed4a1c5-4374-eb44-29df-48fba65b521e?origin=1 P.32 – acesso 23/06/2021.

BRASIL. IBGE, IPEA, GIFE, ABONG. As Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativos no Brasil 2010. IBGE, Rio de Janeiro, 2012.

BRASIL. IBGE, IPEA, GIFE, ABONG. As Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativos no Brasil 2005. IBGE, Rio de Janeiro, 2008.

BRASIL. IPEA. Lopez, Felix Garcia (Org.). Perfil das organizações da sociedade civil no Brasil. Brasília, Ipea, 2018.

BUTTIGIEG, J. A. “Subalterno, Subalterni”. In LIGUORI, Guido e VOZA, Pasquale. Dizionario gramsciano. Roma, Carocci, 2009.

CARIELLO, Lísia Nicollielo. Construindo redes de intelectuais orgânicos: o programa de Bolsa de Estudos Lemann Fellowship da Fundação Lemann (2007-2018). (Dissertação de mestrado em História). Niterói, Universidade Federal Fluminense, 2021.

CASIMIRO, Flavio Henrique Calheiros. A nova direita. São Paulo, Expressão Popular, 2018.

DAL PAI, Raphael Almeida. Instituto Ludwig von Mises Brasil: Os arautos do anarcocapitalismo. (Dissertação de Mestrado em História). Candido Marechal Rondon, Unioeste, 2017.

DEGENSZAJN, André e ROLNIK, Iara. Censo GIFE 2014. São Paulo: GIFE, 2015.

DREIFUSS, René Armand. A Internacional capitalista. Estratégia e Táticas do Empresariado Transnacional (1919-1986). Rio de Janeiro, Espaço e Tempo, 1986.

EVANGELISTA, Olinda. “De protagonistas a obstáculos: Aparelhos Privados de Hegemonia e conformação docente no Brasil”. Revista Outubro, n. 35, 2021 (no prelo).

FONTES, Virgínia. “O capital, frações, tensões e composições”. In: CAMPOS, Pedro Henrique Pedreira e BRANDÃO, Rafael Vaz da Motta (Orgs). Dimensões do empresariado brasileiro: história, organizações e ação política. Rio de Janeiro, Consequência, 2019.

FONTES, Virgínia. O Brasil e o capital-imperialismo. Rio de Janeiro, Ed. EPSJV e UFRJ, 2010.

GRAMSCI, Antonio. Cadernos do Cárcere, vol. 2. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2001.

GRAMSCI, Antonio. “A questão meridional”. In ______. Escritos Políticos. Vol. 2. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2004.

GRAMSCI, Antonio. Cadernos do Cárcere, vol. 5. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2002.

HOEVELER, Rejane Carolina. (Neo)liberalismo, democracia e “diplomacia empresarial”: a história do Council of the Americas (1965-2019). (Tese de doutorado em História Social). Niterói, Universidade Federal Fluminense, 2020.

HOEVELER, Rejane Carolina. As elites orgânicas transnacionais diante da crise: os primórdios da Comissão Trilateral (1973-1979). (Dissertação de Mestrado. História), Niterói, Universidade Federal Fluminense, 2015.

LAMOSA, Rodrigo de Azevedo Cruz. Educação e Agronegócio: a Nova Ofensiva do Capital nas Escolas Públicas. Curitiba, Appris, 2016.

LIGUORI, Guido e VOZA, Pasquale. Dizionario gramsciano. Roma, Carocci, 2009.

MARTINS, André Silva. A direita para o social. A educação da sociabilidade no Brasil contemporâneo. Juiz de Fora, Ed. UFJF, 2009.

MATTOS, Marcelo Badaró. A classe trabalhadora de Marx ao nosso tempo. São Paulo, Boitempo, 2019.

MORAES, Reginaldo. “A organização das células neoconservadoras de agitprop: o fator subjetivo da contrarrevolução”. In: VELASCO E CRUZ, Sebastião; KAYSEL, André; CODAS, Gustavo. Direita, volver!: o retorno da direita e o ciclo político brasileiro. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2015.

NEVES, Lucia Maria Wanderley (Org). A nova pedagogia da hegemonia. Estratégias do capital para educar o consenso. São Paulo, Xamã, 2005.

PATSCHIKI, Lucas. OS litores da nossa burguesia: o Mídia Sem Máscara em Atuação Partidária (2002-2011). (Dissertação de Mestrado em História). Marechal Cândido Rondon-PR, Unioeste, 2012.

PAULO, Diego Martins Dória. As contradições da democracia e o Instituto Fernando Henrique Cardoso (2004-2019). (Tese de doutoramento em História), Niterói, Universidade Federal Fluminense, 2020.

PRONKO, M. “Modelar o comportamento”. In: RTPS-Revista Trabalho, Política e Sociedade, v. 4, n. 6, p. 167-180, 30 jun. 2019.

SANTIAGO, Graziela (Coord), Ferreti, Michelle e BARROS, Marina. Censo GIFE 2018. – São Paulo, SP: GIFE, 2019.

SILVA, VICENTE GIL DA SILVA Planejamento e organização da contrarrevolução preventiva no Brasil: atores e articulações transnacionais (1936-1964). (Tese de doutoramento em História) Rio de Janeiro, UFRJ, 2020.

STAUFFER, Anakeila et al (Orgs.) Hegemonia burguesa na educação pública. Rio de Janeiro, EPSJV, 2018.

TAVARES, Anderson. Transformações no aparelho de Estado e dominação burguesa no Brasil (1990-2010). (Tese de doutoramento em História). Niterói, Universidade Federal Fluminense, 2020.

Downloads

Publicado

2021-06-30

Como Citar

FONTES, Virgínia. AS LUTAS DE CLASSES VISTAS PELO SEU AVESSO: A subversão reacionária. Revista Práxis e Hegemonia Popular, [S. l.], v. 6, n. 8, p. 57–80, 2021. DOI: 10.36311/2526-1843.2021.v6n8.p57-80. Disponível em: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/PHP/article/view/12812.. Acesso em: 21 nov. 2024.