Freud e Spinoza a razão, a necessidade e a liberdade
DOI:
https://doi.org/10.1590/0101-3173.2019.v42n1.05.p79Palabras clave:
Freud, Spinoza, Razão, Necessidade, Liberdade.Resumen
Tencionamos nestas reflexões analisar os conceitos spinozianos de Deus, do homem e da razão para, a partir do caráter necessário que os permeia, interrogarmos se existiria também a possibilidade de uma liberdade humana no pensamento do autor da Ética. Se tal liberdade existe, ela estaria situada no próprio plano racional, o que, por sua vez, levantaria ingentes problemas. A mesma questão – a da possibilidade de uma liberdade em Freud – estaria colocada na margem de ação que, até certo ponto, ele assinala ao eu a partir de sua nova divisão do aparelho psíquico em Além do princípio de prazer (1920) e O eu e o isso (1923). Avancemos desde já que se a ênfase de Spinoza, no que diz respeito à liberdade, recai sobre a razão, em Freud o acento é colocado sobretudo na simbolização e na significação que a tensão do desejo pode acarretar. Portanto, o nosso objetivo não é o de mostrar, ou provar, qualquer vínculo de dependência de Freud vis-à-vis de Spinoza. A nossa intenção é antes fazer ressaltar as diferenças que os separam no que diz respeito à questão da necessidade e da liberdade.
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