Esta es un versión antigua publicada el 23-06-2022. Consulte la versión más reciente.

A “Colonização é aqui e agora”

elementos de presentificação do racismo

Autores/as

  • Fabiano Veliq Pontifica Universidade Católica - PUC/MG
  • Paula Magalhães Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG

DOI:

https://doi.org/10.1590/0101-3173.2022.v45esp.07.p111

Palabras clave:

Racismo., Capitalismo., colonialidade., Objetificação sexual

Resumen

O racismo, enquanto problema estrutural e estruturante de nossa sociedade, afeta-nos cotidianamente, de formas muito profundas e nem sempre visíveis. A modernidade é frequentemente associada a suas conquistas de independência político-econômica, no território europeu, mas dificilmente é associada a seus atos nefastos, que são condições sine qua non para seu surgimento. São eles o engendramento do capitalismo, da colonização e, portanto, do racismo. O presente artigo tem por objetivo analisar os modos a partir dos quais o racismo se faz presente, em nossa sociedade, enquanto Sul Global e herdeira do sistema escravista. Sendo esses modos muito diversos e impossíveis de serem tratados de maneira completa, foram definidos aqui três eixos principais para abordá-los: 1)
a colonialidade como base da modernidade, 2) a precarização da força de trabalho no neoliberalismo e 3) as imagens paradigmáticas e aprisionadoras da mulher negra, na sociedade brasileira. Para dar conta dessa proposta, fez-se uma análise comparativa e dialógica de elementos específicos das obras de Frantz Fanon, Achille Mbembe e Lélia Gonzalez. Dessa forma, o trabalho pretende mostrar que todos esses eixos se relacionam de modo não ocasional, mas repetitivos e sistemáticos, em torno das categorias de capital, raça e objetificação sexual.

Descargas

Los datos de descarga aún no están disponibles.

Biografía del autor/a

  • Fabiano Veliq, Pontifica Universidade Católica - PUC/MG

    Professor Adjunto I do Departamento de Filosofia da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC/Minas), Belo Horizonte, MG – Brasil.

  • Paula Magalhães, Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG

    Bolsista do Núcleo de Ações Educativas do Espaço do Conhecimento da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, MG – Brasil.

Referencias

ALMEIDA, Silvio Luiz de. Racismo estrutural. São Paulo: Sueli Carneiro, Pólen, 2019.

ALVES, Alê. Angela Davis: “Quando a mulher negra se movimenta, toda a estrutura da sociedade se movimenta com ela”. El País, São Paulo, 2017. Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2017/07/27/politica/1501114503_610956.html. Acesso em: 04 ago. 2020.

ALVES, Ataulfo. Mulata assanhada. Eu, Ataulfo Alves. Los Angeles (EUA), Universal Music International, 1969.

BALLESTRIN, Luciana. The Global South as a Political Project. E-International Relations. Bristol (Reino Unido). Publicado em 3 de julho de 2020. Disponível em: https://www.e-ir.info/2020/07/03/the-global-south-as-a-political-project/?preview=true&_thumbnail_id=85885. Acesso em: 31 jul. 2020.

BOND, Letycia. IPEA: trabalho doméstico é exercido por mulheres mais velhas. Agência Brasil, São Paulo, 2019. Publicado em 26 de dezembro de 2019. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2019-12/ipea-trabalho-domestico-e-exercido-por-mulheres-mais-velhas. Acesso em: 10 ago. 2020.

CÉSAIRE, Aimé; ANDRADE, Mario Pinto de. Discurso sobre o colonialismo. Lisboa: Sá da Costa, 1978.

DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe. Tradução de Heci Regina Candiane. São Paulo: Boitempo, 2016.

FANON, F. Pele negra, máscaras brancas. Tradução de Renato da Silveira. Salvador: EDUFBA, 2008.

FERREIRA, Ligia Fonseca. Luiz Gama autor, leitor, editor: revisitando as Primeiras Trovas Burlescas de 1859 e 1861. Estud. av., São Paulo, v. 33, n. 96, p. 109-136, ago. 2019. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142019000200109&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 10 ago. 2020.

FOUCAULT, Michel. História da sexualidade. 3 v. Lisboa: Relógio D' Água, 1994. (Coleção Antropos.)

FOUCAULT, Michel. Em defesa da sociedade: curso no College de France (1975-1976). São Paulo: Martins Fontes, 1999 (Coleção Tópicos).

FOUCAULT, Michel. Nascimento da biopolítica: curso dado no Collège de France (1978-1979). São Paulo: Martins Fontes, 2008 (Coleção Tópicos).

FOUCAULT, Michel; SENELLART, Michel; EWALD, François; FONTANA, Alessandro. Segurança, território, população: curso dado no Collège de France (1977-1978). São Paulo: Martins Fontes, 2008 (Coleção Tópicos).

FREUD, Sigmund. A interpretação dos sonhos. ESB v. 4-5. Rio de Janeiro: Imago, 1900/2006.

FREUD, Sigmund. Totem e tabu. v. 13. ESB. Rio de Janeiro: Imago, 1913/2006.

FREUD, Sigmund. O mal-estar da civilização. v. 21. Rio de Janeiro: Imago, 1930/2006.

GAMA, Luís. Primeiras Trovas Burlescas e Outros Poemas (org. Lígia Ferreira). São Paulo: Martins Fontes, 2000.

GODDARD, Jean Christophe. Brazuca negão e sebento. Tradução de Karai Mirim. São Paulo: n-1, 2017.

GONZALEZ, Lélia. Racismo e sexismo na cultura brasileira. Revista Ciências Sociais Hoje, Anpocs, São Paulo, p. 223-244, 1984.

KILOMBA, Grada. Memórias da platação: episódios de racismo cotidiano. Tradução de Jess Oliveira. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019.

MARX, Karl. Manuscritos econômicos de 1861 a 1863. Obra de domínio público, 1863. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ma000063.pdf. Acesso em: 04 ago. 2020.

MARX, Karl. O capital: crítica da economia política, Livro I: o processo de produção do capital. Tradução de Rubens Enderle. São Paulo: Boitempo, 2013.

MBEMBE, Achille. Crítica da razão negra. Tradução de Marta Lança. Lisboa: Atígona Editores Refractários, 2014.

MIGNOLO, Walter. Colonialidade: o lado mais escuro da modernidade. Tradução de Marco Oliveira. Revista Brasileira de Ciências Sociais, São Paulo, v. 32, n. 94, p. 1-18, jun. 2017.

MITsp. MITsp 2020 – Perspectivas Anticoloniais – Mesa 1, com Paulo Arantes e Ailton Krenak. Youtube. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=2tjX2VodDYs&t=9418s. Acesso em: 01 ago. 2020.

MITsp. MITsp 2020 – Em palestra-performance, Grada Kilomba desfaz a ideia do conhecimento “universal”. São Paulo: MITsp, 2016. Disponível em: https://mitsp.org/2016/em-palestra-performance-grada-kilomba-desfaz-a-ideia-de-conhecimento-universal/. Acesso em: 04 de agosto de 2020.

MORRISON, Toni. Racismo e fascismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

MORRISON, Toni. O corpo escravizado e o corpo negro. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

NASCIMENTO, Abdias do. O genocídio do negro brasileiro: processo de um racismo mascarado. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.

POLANYI, Karl. A grande transformação: as origens de nossa época. Tradução de Fanny Wrobel. Rio de Janeiro: Campus, 2000.

QUIANGALA, Anne Caroline; RAZIA, Daniela; COSTA, Alessandra; FERREIRA, Denise. Branco não é uma cor (entrevista com Grada Kilomba). Distrito Federal: Preta, Nerd & Burning Hell, 2015.

QUIJANO, Anibal. Coloniality of Power, Eurocentrism, and Latin America. Durham (Estados Unidos): Duke University Press, 2000.

Recebido: 26/8/2020 - Aceito: 29/01/2021

Publicado

03-01-2022 — Actualizado el 23-06-2022

Versiones

Cómo citar

VELIQ, Fabiano; MAGALHÃES, Paula. A “Colonização é aqui e agora”: elementos de presentificação do racismo. TRANS/FORM/AÇÃO: Revista de Filosofia, Marília, SP, v. 45, n. Special Issue 2, p. 111–128, 2022. DOI: 10.1590/0101-3173.2022.v45esp.07.p111. Disponível em: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/transformacao/article/view/2022-01-06.. Acesso em: 22 nov. 2024.