Ideais de conduta
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0101-31731985000100008Palabras clave:
Tradução, Charles Sanders Peirce, Ideais de CondutaResumen
A importância do texto "Ideais de Conduta" do filósofo norte-americano Charles Sanders Peirce (1838-1914) prende-se à data de sua escritura: 1903; é um texto de maturidade. É nítido como, para quem tenha estudado o autor, o texto fornece uma articulação melhor acabada entre as ciências normativas - a lógica, a ética e a estética - quando comparado a outros anteriores, a exemplo daqueles referentes à classificação das ciências e, mais especificamente, à IV Conferência ("Os Três Tipos de Bem"), da série constante no volume 5 dos Collected Papers, todas referidas ao Pragmatismo. O autor antecipa, de certo modo, na filosofia, uma "estética da inteligência" como o quer Jorge Luís Borges na literatura. A riqueza do texto reside no seu poder de síntese; trata-se de uma feliz reunião da fenomenologia e da metafísica às ciências normativas, sob a visão peirceana. De outro lado, o texto é, também, uma instigante entrada na arquitetônica filosófica do autor - um convite ao leitor a uma versão contemporânea do ideal de amálgama entre o Belo, o Bom e o Verdadeiro, presente na filosofia antiga, fornecendo a dimensão deste autor até agora tão desconhecido e, quando não, tão mal compreendido entre seus próprios conterrâneos.
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