A forma lógica da linguagem religiosa e ética

Autores

  • John Bolender

DOI:

https://doi.org/10.1590/0101-3173.2018.v41n4.09.p155

Palavras-chave:

Wittgenstein, forma lógica, lógica, teoria de medição, sistemas proposicionais, padrões de medição

Resumo

 Este artigo procura avançar rumo a um conceito mais satisfatório da forma lógica de expressões verbais de valores morais e crenças religiosas. Com este propósito, a noção de Satzsystem de Wittgenstein é associada a avanços posteriores na teoria da mensuração. No conceito do Satzsystem, uma proposição elementar isolada não tem uma forma lógica. Em vez disso, ela pertence a um sistema que apresenta a forma, e a forma do sistema é determinada pelos tipos de escalas de medição que definem cada uma de suas dimensões. Em outras palavras, a forma lógica é entendida holisticamente em termos do sistema de proposições dado, e não atomisticamente em termos de uma proposição elementar isolada. Considerando que a linguagem religiosa absoluta e a linguagem ética absoluta não contam com nenhum conteúdo fatual, elas correspondem a um tipo de escala de medida que não transmite informação alguma. Defendo que uma escala dessas, de fato, tem seu lugar na teoria da mensuração, como caso-limite da escala, análoga ao zero em meio aos números cardinais. Em outras palavras, um Satzsystem religioso ou ético teria no mínimo uma dimensão, definida por uma escala de caso-limite. Há indícios de um conceito desses na forma lógica da linguagem religiosa/ética de Wittgenstein, evidentemente atento aos diversos tipos de escala. Entretanto, sugiro que as contribuições de S. S. Stevens para a teoria da mensuração também são necessárias para o desenvolvimento da ideia com mais plenitude.

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Publicado

30-12-2018 — Atualizado em 13-02-2023

Edição

Seção

Artigos e Comentários

Como Citar

BOLENDER, John. A forma lógica da linguagem religiosa e ética. Trans/Form/Ação, Marília, SP, v. 41, n. 4, p. 155–176, 2023. DOI: 10.1590/0101-3173.2018.v41n4.09.p155. Disponível em: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/transformacao/article/view/6692.. Acesso em: 22 nov. 2024.