SENSUALISMO E ANTIMATERIALISMO EM ROUSSEAU
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0101-31732016000300004Palavras-chave:
Materialismo, Rousseau, SensualismoResumo
Procuraremos analisar, neste artigo, o duplo movimento do pensamento rousseauniano, que, se, por um lado, se apresenta acentuadamente sensualista, principalmente nos primeiros livros do Emílio, por outro lado, encontra o limite desse sensualismo nas consequências extremas do materialismo de Diderot e Helvétius. Apontaremos aqui a proximidade de Rousseau com o pensamento que deriva da estátua hipotética de Condillac, mas que rejeita completamente a afirmação de que “julgar é sentir”, proclamada por Helvétius. Para o autor da Profissão de fé do Vigário saboiano, o julgamento não pode ser reduzido à passividade das sensações, mas é resultado da intervenção ativa do eu, uma vontade livre e inteligente.
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