A longa trajet´ória de um intelectual brasileiro:

Antonio Paim, filósofo e historiador das ideias

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/0101-3173.2023.v46n1.p15

Palavras-chave:

Antonio Paim, Trajetória intelectual, História das ideias

Resumo

Este texto apresenta uma síntese da trajetória do filósofo e historiador das ideias Antonio Paim, seguida da entrevista realizada com ele. Na entrevista, o filósofo relata seu longo itinerário intelectual, que passou pelo marxismo e pelo kantismo, e sua carreira política, pelo comunismo, na juventude, e pelo liberalismo, na maturidade. Paim conheceu o que é ser dissidência, quando foi membro do Partido Comunista e acabou sendo um preso político, e o que é ser ligado ao establishment, quando foi assessor da presidência do Partido da Frente Liberal. A longa trajetória intelectual de Paim, com suas mudanças e intensidades, se refere à própria História do Brasil republicano, com suas reviravoltas e passagens dramáticas. Sendo um relato inédito, a entrevista ajuda a compreender a cultura intelectual brasileira da segunda metade do século XX e como se articulam os intelectuais em relação ao poder.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Rodrigo Jurucê Mattos Gonçalves, Universidade Estadual de Goiás

Doutor em História. Professor do Programa de Pós-Graduação em História: Cultura e Sociedade, nível mestrado, da Universidade Estadual de Goiás (PPGHIS/UEG). Linhas de pesquisa: História da ideias e dos intelectuais; Estado e poder; História do Brasil-República.

Referências

CENTRO de Documentação do Pensamento Brasileiro (CDPB). Índice da Revista Brasileira de Filosofia (1951-2000). Salvador: CDPB, 2005.

GONÇALVES, Rodrigo Jurucê Mattos Gonçalves. A restauração conservadora da filosofia: O Instituto Brasileiro de Filosofia e a autocracia burguesa no Brasil (1949-1964). Goiânia: Gárgula/Kelps, 2020.

__________. “Um instituto para a autocracia burguesa: o Instituto Brasileiro De Filosofia (1949-1964)”, Revista História e Luta de Classes, v. 13, n. 24, agosto de 2017, p. 93-107. Disponível em: <http://dev.historiaelutadeclasses.com.br> (2017a)

__________. “Miguel Reale: do fascismo ao autocratismo”, Revista Intellectus, v. 16, n. 1, 2017, p. 44-68. Disponível em: <https://doi.org/10.12957/intellectus.2017.27112>. (2017b)

_________. “Raízes do Autoritarismo Jurídico Brasileiro: Gênese do Pensamento de Miguel Reale”, Revista Mouro, n. 13, janeiro de 2019, p. 245-257. Disponível em: <https://www.academia.edu/38285410/Ra%C3%ADzes_do_Autoritarismo_Jur%C3%ADdico_Brasileiro_G%C3%AAnese_do_Pensamento_de_Miguel_Reale?source=swp_share>. (2019a)

_________. “A Revista Brasileira de Filosofia como revista tipo: combates pela filosofia no período entre ditaduras”, Revista Práxis e Hegemonia Popular, v. 4, n. 5, 2019, p. 160-174. Disponível em: <http://igsbrasil.org/praxis/edicao-5/a-revista-brasileira-de-filosofia-como-revista-tipo-combates-pela-filosofia-no-periodo-entre-ditaduras/>. (2019b)

_________. Miguel Reale na construção do Golpe e da Ditadura de 1964. In: MACIEL, David; PINTO, João Alberto da Costa. Brasil 1964, Portugal 1974: ditaduras, lutas sociais e revolução. Goiânia: Edições Gárgula, 2020, p. 31-51. Disponível em: <https://www.academia.edu/44656291/Miguel_Reale_na_constru%C3%A7%C3%A3o_do_Golpe_e_da_Ditadura_de_1964>. (2020a)

_________; COSTA NETO, Pedro Leão. O Instituto Brasileiro de Filosofia e a Revista Brasileira de Filosofia: um exemplo de aparelho ideológico da intelectualidade conservadora. In: COSTA NETO, Pedro Leão; MACIEL, David; GONÇALVES, Rodrigo Jurucê Mattos Gonçalves (Orgs.). Intelectuais, política e conflitos sociais. Goiânia: Edições Gárgula, 2020, p. 183-203. Disponível em: <https://drive.google.com/file/d/1p2S4EjPqt8nxl6TU6QKTxx-DHoCtWIPl/view?usp=drivesdk>. (2020b)

MERCADANTE, Paulo. “Antonio Paim: a trajetória ao liberalismo”, Revista Brasileira de Filosofia, v. 44, n. 186, abr./jun. 1997, p. 197-202.

MOTOYAMA, Shozo (Org.). Cidadania e cultura brasileira: Homenagem aos 90 anos do Professor Miguel Reale. São Paulo: Edusp, 2001.

PATSCHIKI, Lucas. “Miguel Reale e seus relatos autobiográficos (1986-1987)”, Mediações - Revista de Ciências Sociais, v. 19, n. 1, 2014, p. 119-134. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.5433/2176-6665.2014v19n1p119>.

PINHO, Rodrigo Maiolini Rebello. “O pensamento integralista de Miguel Reale”, Verinotio - Revista on-line de Filosofia e Ciências Humanas, v. 25, n. 2, 2019, p. 331-363. Disponível em: <https://www.doi.org/10.36638/1981061X.2019.25.2/331-363>.

SOVERAL, Eduardo Abranches de. “Algumas notas sobre o liberalismo pedagógico de Antonio Paim”, Revista Brasileira de Filosofia, v 44, n. 186, abr./jun. 1997, p. 166-169.

VIANNA, Marly de Almeida Gomes. Revolucionários de 1935: sonho e realidade. São Paulo: Expressão Popular, 2007.

ZILLES, Urbano (Coord.); PAIM, Antonio; BONI, Luis Alberto de; MACEDO, Ubiratan Borges de (Orgs.). Miguel Reale: estudos em homenagem aos seus 90 anos. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2000.

Publicado

2023-01-09 — Atualizado em 2023-01-14

Como Citar

Gonçalves, R. J. M. (2023). A longa trajet´ória de um intelectual brasileiro:: Antonio Paim, filósofo e historiador das ideias. TRANS/FORM/AÇÃO: Revista De Filosofia Da Unesp, 46(01), 15–36. https://doi.org/10.1590/0101-3173.2023.v46n1.p15

Edição

Seção

Entrevista