Metáforas da diferença

a questão do inteiramente outro a partir da teoria da realidade como construção

Autores

  • Wilson da Silva Gomes

Palavras-chave:

Código, consciência, construção da realidade, filosofia da consciência, outro, signo

Resumo

Talvez o tema mais recorrente do discurso filosófico que atravessa o pensamento moderno e a contemporaneidade seja a idéia da realidade como construção. Como reação ao realismo objetivista, que acreditava ser a realidade exterior e independente da subjetividade e para quem a experiência é a capacidade de ser afetado pelas coisas através dos sentidos e de reproduzi-las em conteúdos mentais representativos, a modernidade vai estabelecer que: a) a consciência não é uma mera passividade receptiva, mas atividade configurante; b) a realidade não é refletida pela consciência, mas por ela, de certa forma, construída. A nossa época recolhe esta herança de maneira fecunda particularmente no discurso semiológico: a realidade construída intersubjetivamente é uma teia de significados e valores que o homem institui ao redor de si no mundo. Ela sedimenta-se em sistemas de veiculação sêmicos (sobretudo na língua) e se fixa em códigos. Daí emerge a questão: tendo a realidade, enquanto construção, os limites e alcance do código, como se comporta a consciência e seus registros perante o não-codificado, o não-construído, a sua ausência? Algumas abordagens desse outro da consciência, apresentadas como declinações de metáforas da ausência, é aquilo que esse artigo pretende apresentar.

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Publicado

1992-12-30

Como Citar

Gomes, W. da S. (1992). Metáforas da diferença: a questão do inteiramente outro a partir da teoria da realidade como construção. TRANS/FORM/AÇÃO: Revista De Filosofia Da Unesp, 15, 131–147. Recuperado de https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/transformacao/article/view/12328

Edição

Seção

Artigos e Comentários