A construção e o papel do esquematismo na filosofia da matemática de Kant
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0101-31731990000100008Palavras-chave:
Immanuel Kant, A.T. Winterbourne, City of Birmingham PolytechnicResumo
A adequada compreensão do estatuto da matemática para Immanuel Kant tem sido procurada insistentemente por vários autores. Em torno dos trabalhos de Jaakko Hintikka vem se desenvolvendo uma ampla investigação sobre as implicações decorrentes do caráter sintético a priori conferido por Kant à matemática, perguntando se dele necessariamente decorrem o privilégio da geometria relativamente à álgebra e a não aceitabilidade de geometrias não euclidianas. O texto de A.T. Winterbourne aqui traduzido coloca-se no interior deste questionamento e, por certo, contribui para desmontar a interpretação tradicional que, baseada principalmente nas considerações presentes na Estética Transcendental da Crítica da Razão Pura, aceita ambas as decorrências acima mencionadas e acaba por rejeitar como irremediavelmente obsoleta a concepção matemática de Kant. Percorrendo de modo acessível e instigante o conjunto da obra kantiana assim como os textos dos comentadores dedicados à questão, o artigo colabora para a obtenção de um tríplice resultado: reavaliar uma questão central do pensamento kantiano; introduzir o leitor numa importante corrente de investigação acerca daquele pensamento e trazer subsídios para se pensar a questão do caráter construtivo da matemática, dentro ou fora do conjunto da obra do autor da Crítica.
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