Biografema de Mário de Andrade
do plural
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0101-31731987000100007Palavras-chave:
Verossímil, arbitrário, doxa, paradoxo, texto, escritura, enunciação, enunciadores, enunciado, biografia, memória, significância, intertextualidade, polifonia, semiologiaResumo
Este texto é a primeira parte do terceiro capítulo de minha tese de doutoramento - MÁRIO DE ANDRADE, PLURAL (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas - Universidade de São Paulo). Aí, tenta-se a produção de um biografema à maneira de Roland Barthes, de quem é a epígrafe do capítulo. O biografema é uma livre-produção textual na medida em que não deriva de significado (como a biografia), mas, enfatizando imagens, cenas, gestos, fragmentos textuais, pulsões, opera significancias. O biografema não dispensa a biografia - usa-a, desmembra-a, desgasta-a. Disseminação, o biografema não hesita em lançar mão de todos os operadores de linguagem à disposição. Se a biografia opera com dados, instituindo a verossimilhança no biografado, o biografema retém o arbitrário na produção do ser-de-tinta que imprime no papel.
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