MENDONÇA, W.J.P. Conhecimento e ação: uma leitura de Popper. Rio de Janeiro, Loyola, PUCRJ, 1981. 120p.
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0101-31731984000100008Palavras-chave:
Resenha, Conhecimento e ação, PopperResumo
A crítica recente a Popper tem, em linhas gerais, incidido sobre o que se pode chamar não rigorosamente "o conflito entre Popper e o real". Como, pergunta-se, uma epistemologia assentada sobre base empírica convencionada pode pretender a absorção da realidade através de um esquema formal que seleciona teorias não apenas inverificáveis como (ponto freqüentemente descurado) infalsificáveis conclusivamente? Como sustentar uma epistemologia que, pela rigorosa distinção entre o "quid facti" e o "quid júris", não leva em conta a ampla contextuação cultural determinante de sua gênese, objetivos e, por que não, de seu desenvolvimento e estrutura? No estuário de questões como estas, distintas mas interrelacionadas, chega-se à conclusão de que o sistema de Popper é uma epistemologia idealizada - sob este aspecto, indiferenciável do neo-positivismo ortodoxo - incapaz, a nível metodológico, de retratar ou suplementar a prática científica real e, a nível filosófico e epistemológico, de dar conta dos problemas da teoria do conhecimento que se propõe, em particular da questão da apreensão do mundo real. É sobre esse pano de fundo e no que ele evoca que se desenrola boa parte dos ataques marxistas (e.g., M. Quintanilla in "Idealismo y Filosofia de la Ciencia") e a conhecida polêmica entre Popper e Habermas ("Der Positivismusstreit in der Deutschen Soziologie", 1969)
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