A concepção Kantiana da experiência estética: novidades, tensões e equilíbrios
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0101-31732010000200004Resumo
Neste ensaio proponho-me identificar alguns aspectos peculiares da problematização kantiana da experiência estética, assinalando as suas tensões e os equilíbrios que a sustentam e mostrar que a sua fecundidade especulativa não se esgota no aproveitamento que a geração póskantiana (do Classicismo, Romantismo e Idealismo) fez de alguns dos seus elementos, mas continua a revelar-se na redescoberta que, nas últimas décadas, dela vem sendo feita e cujo alcance se tem provado na capacidade que oferece para revitalizar os debates actuais acerca dos problemas estéticos. Tento mostrar, nomeadamente, que a meditação kantiana representa um singular momento de equilíbrio instável entre dois regimes de pensamento estético: um, que gira em torno da categoria do gosto (Geschmack), entendido como um senso comum estético que invoca uma preocupação social e comunitária, o outro, que gira em torno da categoria do génio (Genie) e do pressuposto do carácter absoluto da individualidade e subjectividade criadora; um, que reabilita a sensibilidade humana (Sinnlichkeit) e as qualidades sensíveis dos objectos enquanto contempladas e apreciadas pelo sujeito, o outro, centrado na categoria do sentimento íntimo (Gefühl), entendido como algo inalienável e como o irredutivelmente subjectivo da vivência individual.Downloads
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Publicado
10-12-2010
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Artigos e Comentários
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Como Citar
SANTOS, Leonel Ribeiro dos. A concepção Kantiana da experiência estética: novidades, tensões e equilíbrios. Trans/Form/Ação, Marília, SP, v. 33, n. 2, p. 35–76, 2010. DOI: 10.1590/S0101-31732010000200004. Disponível em: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/transformacao/article/view/1031.. Acesso em: 13 nov. 2024.