A verdade como um problema fundamental em Kant
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0101-31732010000100006Palavras-chave:
Teoria coerentista, Teoria correspondentista, RepresentaçãoResumo
O principal ponto de desacordo sobre a abordagem kantiana do problema da verdade é se ela pode ser compreendida nos moldes da filosofia contemporânea como coerentista ou como correspondentista. Primando por uma consideração sistemática da argumentação de Kant em confronto com a literatura existente sobre o problema, este trabalho defende a segunda alternativa. Sustentase a tese de que a definição da verdade como a “concordância do conhecimento com o seu objeto” é cogente em todo o percurso do pensamento kantiano e que, nessa acepção, a verdade culmina por ser abordada não a partir de uma teoria estabelecida, mas como um problema cuja solução não pode ser dada nos limites da filosofia crítico-transcendental. Pondera-se, primeiramente, a literatura que situa Kant quer como coerentista quer como correspondentista e sistematiza-se a segunda alternativa em quatro grupos: a leitura ontológica, a leitura isomórfica, a leitura “consequencialista” e a leitura regulativa. Num segundo momento, em atenção ao período pré-crítico, argumenta-se que a alternativa coerentista deixa de se confirmar já nessa mesma época e que, na década de 1750, Kant descarta uma suposta teoria correspondentista isomórfica. Num último momento, considera-se a argumentação crítica e defende-se que a mesma concebe a verdade como um problema fundamental que não cabe ao tratamento de uma teoria correspondentista concebida de modo “consequencialista” ou regulativoDownloads
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Publicado
10-01-2010
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Artigos e Comentários
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Como Citar
PERIN, Adriano. A verdade como um problema fundamental em Kant. Trans/Form/Ação, Marília, SP, v. 33, n. 1, p. 97–124, 2010. DOI: 10.1590/S0101-31732010000100006. Disponível em: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/transformacao/article/view/1023.. Acesso em: 17 nov. 2024.