O transformismo permanente: Gramsci e a crítica do fetichismo histórico e da mitologia nacional

Autores

  • Gianni Fresu Gianni Fresu é doutor de pesquisa em Filosofia na Universidade dos Estudos “Carlo Bò” de Urbino, professor convidado na Faculdade de Filosofia e Ciências (UNESP), Marília (SP), para desenvolver atividades de pesquisa e didáticas junto ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, bem como para participar dos trabalhos do Grupo de Pesquisa “Cultura e Política do Mundo do Trabalho”.

DOI:

https://doi.org/10.36311/0102-5864.2016.v53n2.03.p18

Palavras-chave:

Risorgimento. Revolução passiva. Transformismo. Gramsci.

Resumo

A fraqueza das classes dirigente italianas é uma questão orgânica, presente em profundidade na obra de Gramsci, que abraça alguns plexos temáticos: a estagnação do desenvolvimento da civilidade comunal e a falta da formação de um estado unitário moderno; os limites do “Risorgimento” e a ausência de uma realizada dialética parlamentar na idade liberal, a «revolução passiva» como método permanente de modernização conservadora. Nessa temática tem um lugar central ainda o fenômeno da absorção, por parte do Estado e das classes dominantes, dos intelectuais e dirigentes do movimento operário nas fases de «inflexão histórica». A análise de Gramsci acerca deste fenômeno lança uma luz nova sobre o problema tipicamente italiano do «transformismo», não um simples fenômeno de maus costumes políticos, mas um preciso processo de cooptação, desde o “Risorgimento” e a partir desse período, através do qual as classes dominantes têm consolidado o seu poder, absorvendo metodicamente os elementos novos emersos dos acontecimentos políticos e sociais.

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Publicado

2018-12-18

Como Citar

Fresu, G. (2018). O transformismo permanente: Gramsci e a crítica do fetichismo histórico e da mitologia nacional. Revista Novos Rumos, 53(2), 18–34. https://doi.org/10.36311/0102-5864.2016.v53n2.03.p18

Edição

Seção

Artigos