Transversalidade na Produção e Organização do Conhecimento
análise da produção científica dos bolsistas Produtividade em Pesquisa do CNPq na Ciência da Informação
DOI:
https://doi.org/10.36311/1981-1640.2023.v17.e023050Palavras-chave:
Transversalidade, Organização do Conhecimento, Análise de domínio, Análise de citação, Bolsistas produtividade em Pesquisa do CNPq, Ciência da InformaçãoResumo
Considera o domínio de produção científica dos bolsistas de produtividade em pesquisa em Ciência da Informação, no Brasil, como objeto de análise sobre a transversalidade na produção e Organização do Conhecimento. Adota como fonte a Base histórica dos bolsistas de produtividade da Ciência da Informação e da sua produção (1974-2020). Caracteriza esse domínio por meio da metodologia de Chen (2017), constituindo um corpus de 63 artigos sobre o tema, que se distribui entre 1996 e 2020. Como resultados, reconhecem-se contribuições abrangentes sobre conceitos, teorias e metodologias utilizadas pelos bolsistas de produtividade. O período de 2011 a 2020 foi o mais produtivo (89% do total de artigos), observando-se um crescimento significativo a partir de 2017. A produção foi publicada em 26 periódicos, dos quais quatro concentram 46% dos artigos. Os clusters de coocorrência temática e de autores referenciados sugerem o sentido da transversalidade da perspectiva dos sistemas de organização do conhecimento, de classificação, da recuperação da informação, bem como de suas relações com a teoria do conceito e a diplomacia arquivística, como um núcleo de pesquisa ativo dos pesquisadores em foco. Observa-se que assuntos não exclusivos de uma disciplina ou área do conhecimento específica são acolhidos plenamente nesta produção, atravessando-as e passando a enriquecê-las.
Downloads
Referências
BOURDIEU, Pierre. O campo científico. In: ORTIZ, R. Pierre Bourdieu. São Paulo: Ática, 1983. (Coleção Grandes Cientistas Sociais).
BRASIL. Parecer CNE/CEB nº 7/2010, aprovado em 7 de abril de 2010. Brasília: MEC, 2010. Disponível em: https://normativasconselhos.mec.gov.br/normativa/view/CNE_PAR_CNECEBN72010.pdf?query=INOVA%C3%87%C3%83O. Acesso em: 24 ago. 2023.
BUFREM, Leilah Santiago; FREITAS, Juliana Lazzarotto. Interdomínios na literatura periódica científica da ciência da informação. DataGramaZero, v. 16, n. 4, 2015. Disponível em: http://hdl.handle.net/20.500.11959/brapci/8295. Acesso em: 09 jul. 2023.
BUFREM, Leilah Santiago; FREITAS, Juliana Lazzarotto; COSTA, Francisco Daniel de Oliveira. Organização transversal do conhecimento: possibilidades na área da informação. Ponto de Acesso, v. 2, n. 3, p. 43-57, 2008. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/revistaici/article/view/3212. Acesso em: 24 ago. 2023.
CHEN, Chaomei. Science Mapping: a Systematic Review of the Literature. Journal of Data and Information Science, v.2, n 2, p. 1-40, 2017. DOI: https://doi.org/10.1515/jdis-2017-0006.
DAHLBERG, Ingetraut. Teoria do conceito. Ciência da Informação, v.7, n. 2, p. 101-107, 1978. DOI: https://doi.org/10.18225/ci.inf.v7i2.115.
DAHLBERG, Ingetraut. Knowledge organization: its scope and possibilities. Knowledge Organization, v. 20, n. 4, p. 211-222, 1993. Disponível em: https://www.nomos-elibrary.de/10.5771/0943-7444-1993-4-211.pdf. Acesso em: 18 ago. 2023.
DAHLBERG, Ingetraut. Knowledge organization: a new science. Knowledge Organization, v. 33, n. 1, p. 11-19, January 2006. Disponível em: https://www.nomos-elibrary.de/10.5771/0943-7444-2006-1-11.pdf. Acesso em: 18 ago. 2023.
GARCÍA GUTIÉRREZ, Antonio. Cientificamente favelados: uma visão crítica do conhecimento a partir da epistemografia. TransInformação, Campinas, v. 18, n. 2, p. 103-112, maio/ago., 2006. Disponível em: https://periodicos.puc-campinas.edu.br/transinfo/article/view/6330. Acesso em: 19 ago. 2023.
GARFORTH Lisa; KERR, Ann. Interdisciplinarity and the social sciences: capital, institutions and autonomy. The British Journal of Sociology, v. 62, n. 4, 2011. DOI: https://doi-org.ez18.periodicos.capes.gov.br/10.1111/j.1468-4446.2011.01385.x
GOLDMANN, Lucien. Las ciencias humanas y la filosofía. Buenos Aires: Galatea Nueva Vision, 1958.
GONZÁLEZ DE GÓMEZ, Maria Nélida. Tecnologias digitais e análise do regime de informação para a promoção da saúde coletiva. Informação em Pauta, v. 3, p. 9-29, 2018. DOI: https://doi.org/10.32810/2525-3468.ip.v3iEspecial.2018.39711.9-29.
GRANGER, Gilles-Gaston. A ciência e as ciências. São Paulo: Ed. UNESP, 1994. 122 p.
GUIMARÃES, José Augusto Chaves. A dimensão teórica do tratamento temático da informação e suas interlocuções com o universo científico da International Society for Knowledge Organization (ISKO). Revista Ibero-americana de Ciência da Informação (RICI), v. 1, n. 1, p.77-99, jan./jun. 2008. DOI: https://doi.org/10.26512/rici.v1.n1.2008.940.
HJØRLAND, Birger; ALBRECHTSEN, Hanne. Toward a new horizon in information science: Domain‐analysis. Journal of the American Society for Information Science, 1995, v. 46, n. 6, p. 400-425, 1995. DOI: https://doi.org/10.1002/(SICI)1097-4571(199507)46:6%3C400::AID-ASI2%3E3.0.CO;2-Y.
HJØRLAND, Birger. The method of constructing classification schemes: a discussion of the state-of-the-art. In: INTERNATIONAL ISKO CONFERENCE, 7., 10-13 July 2002, Granada, Spain. Proceedings of… Spain: Ergon Verlag, 2002. (Advances in Knowledge Organization, v. 8. p. 451). Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/317715397. Acesso em: 20 ago. 2023.
HJØRLAND, Birger. Approaches to knowledge organization. Aula ministrada na University of Rome La Sapienza, 20 Abr. 2007. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/277795616_Approaches_to_Knowledge_Organization_KO_Lecture_given_at_the_University_of_Rome_April_20_2007. Acesso em: 23 ago. 2023.
HJØRLAND, Birger. What is knowledge organization (KO)? Knowledge Organization, v. 35, n. 2-3, p. 86-101, 2008. Disponível em: https://is.muni.cz/el/1421/jaro2016/VIKBA06/um/56249939/HJORLAND__Birger._What_is_knowledge_organization__KO_.pdf. Acesso em: 23 ago. 2023.
HODGE, Gail M. Best Practices for Digital Archiving—An Information Life Cycle Approach. D-Lib Magazine, v. 6, n. 1, 2000. Disponível em: http://www.dlib.org/dlib/january00/01hodge.html. Acesso em: 12 set. 2023.
LLOYD, Christopher. As Estruturas da História. Rio de Janeiro: Zahar, 1995.
POPPER, Karl Raimund. Conjectures and refutations: The growth of scientific knowledge. 4th rev ed. New York: Basic Books, 1972.
RANGANATHAN, Shiyali Ramanrita. Prolegomena to Library Classification. Bombay: Asia Publishing House, 1967.
SARACEVIC, Tefko. Interdisciplinary nature of information science. Ciência da Informação, Brasília, v. 24, n.1, p. 35-40, jan./abr. 1995. Disponível em: https://brapci.inf.br/_repositorio/2010/03/pdf_dd085d2c4b_0008887.pdf. Acesso em: 25 ago. 2023.
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Alejandro Caballero Rivero, Juliana Lazzarotto Freitas, Leilah Santiago Bufrem, Raimundo Nonato Macedo dos Santos
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License.
Ao submeter um artigo os autores mantêm os direitos autorais do mesmo, cedendo ao Brazilian Journal of Information Science plenos direitos para publicação do referido texto.
O (s) autor (es) concorda(m) que o artigo, se aceito editorialmente para publicação, deve ser licenciado sob a licença Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International (CC BY-SA 4.0) (http://creativecommons.org/licenses/by-sa /4.0) Os leitores / usuários são livres para: - Compartilhar - copiar e redistribuir o material em qualquer meio ou formato - Adaptar - remixar, transformar e desenvolver o material para qualquer finalidade, mesmo comercialmente. O licenciante não pode revogar essas liberdades desde que você siga os termos da licença. Sob os seguintes termos: - Atribuição - Você deve dar o crédito apropriado, fornecer um link para a licença e indicar se foram feitas alterações. Você pode fazê-lo de qualquer maneira razoável, mas não de maneira que sugira que o licenciante endossa você ou seu uso. - ShareAlike - Se você remixar, transformar ou desenvolver o material, deverá distribuir suas contribuições sob a mesma licença que o original. Sem restrições adicionais - Você não pode aplicar termos legais ou medidas tecnológicas que restrinjam legalmente outras pessoas a fazer o que a licença permitir. Avisos: - Você não precisa cumprir a licença para elementos do material em domínio público ou nos casos em que seu uso é permitido por uma exceção ou limitação aplicável. - Não há garantias. A licença pode não fornecer todas as permissões necessárias para o uso pretendido. Por exemplo, outros direitos, como publicidade, privacidade ou direitos morais, podem limitar a maneira como você usa o material.
Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License