O Lugar da Memória na Elaboração da Política Arquivística e de Preservação
um estudo realizado à luz da Ciência da Informação
DOI:
https://doi.org/10.36311/1981-1640.2023.v17.e023019Palavras-chave:
Ciência a Informação, Política Arquivística, Política de Preservação, Memória institucional, Memória socialResumo
Este artigo tem como objetivo compreender a importância da memória na elaboração de políticas arquivísticas relevantes para a sociedade, possibilitando a continuidade de programas e práticas de preservação que contribuam com o acesso à informação na era digital. Para isso, foi realizada uma análise qualitativa por meio da pesquisa descritiva e, quanto aos procedimentos metodológicos, uma revisão de literatura da produção científica disponível na Base de Dados em Ciência da Informação. Os resultados permitem a percepção da relação entre memória e política da área da Arquivística, conduzindo ao entendimento de que as decisões e deliberações acerca da política, voltadas para a preservação e para o acesso aos documentos arquivísticos, acabam compondo e contribuindo com o processo de mediação que envolvem o tratamento e a disseminação da informação. A memória social influencia os ambientes de informação como: arquivos, centros de documentação e outras unidades de informação, públicas ou privadas, cuja meta seja a guarda e a preservação de conjuntos documentais de interesse da sociedade, relacionando-se com a memória institucional da organização e contribuindo para a articulação entre a teoria e a prática relacionadas com a política arquivística que enfoca o acesso e a preservação documental.
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