COMO A BURGUESIA GANHOU A DISPUTA HEGEMÔNICA NO BRASIL RECENTE
DOI:
https://doi.org/10.36311/2526-1843.2021.v6n8.p33-56Keywords:
Hegemonia. Brasil. Burguesia. Direita. PTAbstract
Este artigo analisa as estratégias da burguesia no Brasil e o que ela soube fazer corretamente para derrotar a esquerda, no período de 2002 a 2016. Durante os governos do PT, a direita se rearticulou para lutar pela dominação hegemônica. Já antes, com o retorno da democracia nos anos 80, houve um processo de preparação da burguesia para consolidar sua dominação, não mais de forma ditatorial, mas hegemônica. Porém, a nova conjuntura dos governos populares obrigou a burguesia a desenvolver uma rearticulação, avançando as três tarefas fundamentais das disputas hegemônicas: a unificação da própria classe, a obtenção do apoio de outras classes e dos intelectuais tradicionais, e a divisão do campo popular, impedindo a unificação dos partidos e movimentos sociais de esquerda.
References
ADORNO, T. Estudios sobre la personalidad autoritaria. In: ADORNO, Th. Escritos sociológicos II, Obra completa, 9, volumen 1. Madrid: Akal, 2009.
BALSA, J. "Reflexiones en torno a la cuestión de la representación en El Dieciocho Brumario de Luis Bonaparte de Karl Marx", Materialismo Storico, vol. VI, n. 1, 2019, p. 76-107.
BALSA, J. "Las lógicas de construcción de la hegemonía desplegadas desde los gobiernos petistas y kirchneristas", Roteiro, Joaçaba, v. 45, 2020a, p. 1-28.
BALSA, J. "Crisis? What Crisis? Los tipos de crisis en Gramsci y la interpretación de la crisis de hegemonía actual", Materialismo Storico, vol. IX, n. 2, 2020b, p. 326-372.
BALSA, J. "Estado, universalização e as formas de hegemonia: o problema de manter a 'revolução (ou a reforma) em permanência' a partir do próprio aparelho estatal", Novos Olhares sociais, v. 4, n. 1, 2021.
BALSA, J., y M. D. LIAUDAT. "Cuestiones teórico-metodológicas para analizar los niveles de eficacia en la construcción de la hegemonía", Theomai, 40, 2019, p. 211-230.
BOURDIEU, P. A distinção: crítica social do julgamento. São Paulo/Porto Alegre: Edups/Zouk, 2008.
CASIMIRO, F.H.C. A nova direita. Aparelhos de ação política e ideológica no Brasil contemporâneo. São Paulo: Expressão Popular, 2018.
CASTELO, R. "O Mesão, a escola e o partido: em busca das origens da Estratégia Democrático-Popular", in: M. IASI, I. MANSUR FIGUEIREDO e V. NEVES (orgs.). A Estratégia Democrático Popular. Um inventário crítico. Marília: Lutas anticapital, 2019.
COSTA, D. V. de A. "Os dilemas da Comissão da Verdade no Brasil: um caso de “resistência sociopática à mudança”, Revista Olhares Sociais, v. 3, n. 1, 2014.
DREIFUSS, R. A. 1964, a conquista do Estado: ação política, poder e golpe de classe. Petrópolis: Vozes, 1981.
FERNANDES, F. A ditadura em questão. São Paulo: T. A. Queiroz, 1982.
FERNANDES, F. O significado do protesto negro. São Paulo: Cortez/Autores Associados, 1989.
FERRARI, O. A. Bispo S/A: a Igreja Universal do Reino de Deus e o exercício do poder. São Paulo: Editora Ave-Maria, 2007.
FERES JÚNIOR, J. e V. DAFLON. "Políticas da Igualdade Racial no Ensino Superior", Cadernos do Desenvolvimento Fluminense, n. 5, 2014, p. 31-43.
FROMM, E. Obreros y empleados en vísperas del Tercer Reich. Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica-Lectura Mundi, 2012.
GARCÍA LINERA, Á. Las tensiones creativas de la revolución. La Paz: Vicepresidencia del Estado Plurinacional, 2011.
LACLAU, E. "Tesis acerca de la forma hegemónica de la política", in: LABASTIDA MARTÍN DEL CAMPO, J. (coord.). Hegemonía y alternativas políticas en América Latina (Seminario de Morelia). México: Siglo XXI, [1980] 1985, p. 19-38.
LIMA, R. S. de, P. de MARTINO JANNUZZI, J. F. MOURA JUNIOR e D. S. de ALMEIDA SEGUNDO. "Medo da violência e adesão ao autoritarismo no Brasil: proposta metodológica e resultados em 2017", Opinião Pública, vol. 26, n. 1, jan-abr. 2020, p. 34-65.
MARX, K., ENGELS, F. Manifesto do Partido Comunista. 9. ed. Petrópolis: Vozes, 1999.
MENDONÇA, M. L. M de, JORDÃO, J. V. de P. "Nojo de pobre: representações do popular e preconceito de classe", Contemporânea, Ano 12, v. 1, n. 23, 2014.
PINHEIRO, P. S. "Autoritarismo e transição", Revista USP, 45, mar-abr. 1991, p. 45-56.
RODRIGUES, J. G. IURD: carisma e poder. Curitiba: Prismas, 2015.
ROSA, I. "Prólogo", in: A. GUAMÁN, A. ARAGONESES e S. MARTÍN (dirs.). Neofascismo. La bestia neoliberal. Madrid: Siglo XXI, 2019.
SOUZA, J. A elite do atraso. Da escravidão à lava jato. Rio de Janeiro: Leya, 2017.
STREECK, W. Comprando tiempo. La crisis pospuesta del capitalismo democrático. Buenos Aires: Katz, 2016.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Copyright (c) 2021 Revista Práxis e Hegemonia Popular
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
At the time of online submission of articles, the Declaration of Responsibility and Copyright must be sent as an attached file.
The document grants publication rights to Revista Práxis e Hegemonia Popular and, in case of approval, also to carry out normative and grammatical adjustments in order to maintain the standards of the cultured language.