JOGO DIGITAL PARA A ESTIMULAÇÃO DAS HABILIDADES COGNITIVAS E MOTORAS DE UM ESTUDANTE COM SÍNDROME DE DOWN

Autores

  • Rodrigo Godoy Carvache Universidade Estadual Paulista (Unesp), Faculdade de Ciências e Tecnologia, Presidente Prudente
  • Júlia Guarnieri Universidade Estadual Paulista (Unesp), Faculdade de Ciências e Tecnologia, Presidente Prudente
  • Talita Maria Souza Santos Souza Santos Universidade Estadual Paulista (Unesp), Faculdade de Ciências e Tecnologia, Presidente Prudente
  • Gisele Silva Araújo Universidade Estadual Paulista (Unesp), Faculdade de Ciências e Tecnologia, Presidente Prudente
  • Manoel Osmar Seabra Junior Universidade Estadual Paulista (Unesp), Faculdade de Ciências e Tecnologia, Presidente Prudente

DOI:

https://doi.org/10.36311/2674-8681.2023.v24n2.p202-219

Palavras-chave:

Educação Especial, Atividade Motora Adaptada, Síndrome de Down, Jogos Digitais

Resumo

O avanço da Tecnologia da Informação tem proporcionado impacto na indústria de jogos digitais. Outrora, tais jogos eram predominantemente destinados ao entretenimento e diversão. Contemporaneamente, as possibilidades se expandiram exponencialmente com inovações nos modos virtuais de apresentação e desafios destes jogos. Um dos principais avanços é a utilização dos jogos digitais para fins educacionais e terapêuticos, incluindo o auxílio no processo de aprendizagem de indivíduos com Síndrome de Down. A partir deste contexto, esse estudo objetivou avaliar o jogo digital “Maze for Kids” na estimulação das habilidades cognitivas e motoras de um estudante com Síndrome de Down. O procedimento metodológico baseou-se no delineamento do sujeito único, no modelo AB, o qual permitiu a análise do comportamento do estudante antes, durante e após as intervenções. A coleta de dados foi realizada em nove sessões, com o auxílio de filmagens e anotações de campo. A partir da análise de dados, pode-se identificar um melhor desempenho do participante, visto que ele obteve um melhor aproveitamento no jogo. Quanto às habilidades cognitivas e motoras analisadas, elas obtiveram resultados positivos durante o protocolo de intervenção. Conclui-se que ao ser utilizado o delineamento no modelo AB, pôde-se evidenciar que o uso de um jogo digital em um recurso touch, ao ser associado à intervenção e atrelado ao uso de estratégias, pode favorecer o desenvolvimento de habilidades motoras e cognitivas do participante com Síndrome de Down, estimulando a resolução de desafios e sua autonomia.

Recebido em: 02/08/2023

Reformulado em: 01/11/2023

Aceito em: 01/11/2023

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BADDELEY, A.; JARROLD, C. Working memory and Down syndrome. Journal of Intellectual Disability Research, v.51, n.12, p. 925-931, 2007. Disponível em: https://doi.org/10.1111/j.1365-2788.2007.00979.x. Acesso em: 30 jun. 2022.

BULL, M. J.; COMMITTEE ON GENETICS. Health supervision for children with Down syndrome. Pediatrics, v.128, n.2, 2011. p. 393-406. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/21788214/. Acesso em: 30 jun. 2022.

COELHO, C. A Síndrome de Down. Psicologia.pt, p. 1-14, 2016. Disponível em: https://www.psicologia.pt/artigos/ver_artigo.php?a-sindrome-de-down&codigo=A0963. Acesso em: 30 jun. 2022.

DALLA DÉA, V. H. S. D.; DUARTE, E. Síndrome de Down: Informações, caminhos e histórias de amor. São Paulo: Phorte, 2009.

ÉVORA, C. De que forma os jogos de labirinto podem contribuir para a aprendizagem? Apexa, 31 de out. de 2020. Disponível em: http://apexa.org/de-que-forma-os-jogos-de-labirinto-podem-contribuir-para-a-aprendizagem/#:~:text=O%20jogo%20labirinto%20%C3%A9%20uma,%2C%20o%20planeamento%2C%20entre%20outras. Acesso em: 14 mar. 2023.

FLÓREZ, J.; TRONCOSO, M. V. Síndrome de Down y educacíon. Barcelona: Masson Salvat Medicina y Santander, 1997.

GAST, D. Single subject methodology in behavioral sciences. New York: Routledge, 2009.

GONZÁLEZ, M. P.; RAPOSO-RIVAS, M.; MARTÍNEZ-FIGUEIRA, M. E. Las TIC en la educación de las personas con Síndrome de Down: un estudio bibliométrico. Virtualidad, Educación y Ciencia, v.6, n.11, p. 20-39, 2015. Disponível em: https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=5264138. Acesso em: 14 mar. 2023.

JOHN, S. Why are mazes so important for children? Shumee, 09 de jan. 2021. Disponível em: https://www.shumee.in/blogs/news/why-are-mazes-so-important-for-children. Acesso em: 14 mar. 2023.

KOCH, M; SILVA, D. R. Q. Políticas educacionais inclusivas e a síndrome de Down: diferentes interações no contexto educacional inclusivo. Diálogo, n.31, p. 89-103, 2016. Disponível em: http://dx.doi.org/10.18316/2238-9024.16.26. Acesso em: 14 mar. 2023.

MACHADO, L. S. et al. Serious games baseados em realidade virtual para educação médica. Rev. bras. educ. med., v.35, n.2, p. 254-262, 2011. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbem/a/dMfcKJsjS5XdcBJTyNw9SNw/. Acesso em: 14 mar. 2023.

MANZINI, E. J. Delineamento de pesquisa com sujeito único na análise experimental do comportamento. Marília: Unesp, 2008. 56 slides. PowerPoint. Colorido. 15 cm x 39 cm.

MASTROIANNI, E. C. Q. et al. Reescrevendo a Síndrome de Down por meio de brincadeiras, 2006. Disponível em: http://www.unesp.br/prograd/PDFNE2006/artigos/capitulo8/reescrevendoasindrome.pdf. Acesso em: 18 jan. 2023.

“Não deixe ninguém para trás”: Dia Internacional da Síndrome de Down 2019. Bvsms, 2020. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/nao-deixe-ninguem-para-tras-dia-internacional-da-sindrome-de-down-2020/. Acesso em: 18 jan. 2023.

PACANARO, S. V.; SANTOS, A. A. A.; SUEHIRO, A. C, B. Avaliação das habilidades cognitiva e viso-motora em pessoas com Síndrome de Down. Rev. bras. educ. espec., v.14, n.2, p. 293-310, 2008. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbee/a/38MQwP95jmtH6XpRyPVTwgD/abstract/?lang=pt. Acesso em: 18 jan. 2023.

ROCHA, J. S.; CORREIA, P. C. H.; SANTOS, J. Z. Jogos digitais na/para educação inclusiva. Revista Pedagógica, v.23, p. 1-25, 2021. Disponível em: https://doi.org/10.22196/rp.v22i0.5662. Acesso em: 18 jan. 2023.

ROCHA, P.; ALVES, L.; NERY, J. Jogos digitais e reabilitação neuropsicológica: delineando novas mídias. In: I Seminário Tecnologias Aplicadas a Educação e Saúde, Salvador. Anais... Salvador: Universidade do Estado da Bahia, 2014. Disponível em: https://www.revistas.uneb.br/index.php/staes/article/view/955. Acesso em: 18 jan. 2023.

SCHWARTZMAN, J. S. Síndrome de Down. São Paulo: Memmon, 1999.

SILVA, D. R.; FERREIRA, J. S. Intervenções na educação física em crianças com Síndrome de Down. Revista da Educação Física, v.12, n.1, p. 69-76, 2001. Disponível em: http://www.luzimarteixeira.com.br/wp-content/uploads/2010/04/educacao-fisica-e-sindrome-de-down.pdf. Acesso em: 18 jan. 2023.

SILVA, M. F. M. C.; KLEINHANS, A. C. S. Processos cognitivos e plasticidade cerebral na Síndrome de Down. Rev. bras. educ. espec., v.12, n.1, p. 123-138, 2006. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbee/a/tMYgYzYnfZxKxKt3XrWrHFb/. Acesso em: 18 jan. 2023.

SILVA, N. L. P.; DESSEN, M. A. Síndrome de Down: etiologia, caracterização e impacto na família. Interação em psicologia, v.6, n.2, p. 167-176, 2002. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/psicologia/article/view/3304. Acesso em: 18 jan. 2023.

VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

Downloads

Publicado

2023-11-28