FORMAÇÃO DOS ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA PARA ATUAÇÃO COM PESSOAS COM DEFICIÊNCIA: UM ESTUDO FOCADO EM UNIVERSIDADES FEDERAIS
DOI:
https://doi.org/10.36311/2674-8681.2021.v22n2.p237-252Palavras-chave:
Atividade Motora Adaptada, Formação Profissional, Atuação Profissional, InclusãoResumo
Investigamos a formação dos acadêmicos de Educação Física na área de Educação Física Adaptada (EFA), através de busca e análise de propostas curriculares, ementários e projetos pedagógicos dos cursos de Educação Física presenciais das universidades federais autorizadas pelo Ministério da Educação (MEC). Os dados foram organizados em planilha específica, sendo a análise desses dados realizada por meio de estatística descritiva (distribuição de frequência, média±desvio padrão, mediana, mínimo e máximo). No estudo foram encontrados 72 cursos de Educação Física com habilitação em licenciatura (n = 38; 53%) e bacharelado (n = 34; 47%). A terminologia mais comumente utilizada é “Educação Física Adaptada” (n = 29; 40%). A oferta das disciplinas ocorre com maior incidência no 5º (n = 21; 29%) e no 6º (n = 15; 21%) período/semestre. A carga horária média das disciplinas foi 60±14 hs (mínimo = 30 hs; máximo = 96 hs) e a mediana do número de créditos foi 4 (mínimo = 2; máximo = 6). Concluímos que ofertar uma disciplina obrigatória com carga horária reduzida e nos períodos finais do curso não proporciona aprofundamento necessário para formação ideal nessa área de atuação.
Recebido em: 17/09/2020
Reformulado em: 01/01/2021
Aceito em: 02/02/2021
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