Qual língua? E qual Itália? Da linguística à política nos escritos de Gramsci sobre o italiano pós-unificação
DOI:
https://doi.org/10.36311/0102-5864.2016.v53n1.04.p43Palabras clave:
Gramsci. Linguística. Unificação italiana.Resumen
Concebido pelo Gramsci dos Cadernos como um conjunto “de classes subalternas e aliadas”, o povo “italiano” – constituído como povo pelos componentes das classes “dominantes” – teria sido excluído de um sistema linguístico e cultural desde o processo de Unificação nacional, ou seja, uma língua que seria a língua de um círculo restrito de diplomatas, de nobres, de comerciantes, de literários e de políticos. De acordo com Gramsci, a tarefa dos intelectuais progressistas e democráticos seria a de sanar esta fratura, tornando as classes populares protagonistas não apenas economicamente e politicamente, mas também e, sobretudo, culturalmente.