CORRELACIONISMO E SUBJETALISMO DE MEILLASSOUX COMO CHAVE DE LEITURA DA HISTÓRIA DA FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA FRANCESA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36311/1984-8900.2019.v11.n30.09.p126

Palavras-chave:

Correlacionismo, Subjetalismo, Quentin Meillassoux, História da filosofia contemporânea francesa

Resumo

A história da filosofia é marcada por eventos singulares que servem de base interpretativa para compreensão do pensamento de um grupo ou de uma época. Neste sentido, esse estudo trata de modos de classificação e tipologia da filosofia contemporânea, em particular da filosofia contemporânea francesa. Partindo das caracterizações já tomadas como canônicas, em especial a de giro linguístico (linguistic turn), apresentada por Michael Dummett em "Origins of analytical philosophy", e a de giro teológico (theological turn), apresentada por Dominique Janicaud em "Phenomenology and the 'theological turn': the French debate", pretende-se interrogar em que medida os conceitos de correlacionismo (corrélationisme) e subjetalismo (subjectalisme), apresentados por Quentin Meillassoux em "Après La Finitude: Essai sur la Nécessité de la Contingence" e em "Interação, reiteração, repetição - Uma análise especulativa do signo desprovido de sentido", podem superar as lacunas daquelas. Com isso, almeja-se uma complementação do esboço feito por Alain Badiou sobre a história da filosofia contemporânea francesa em "A aventura da filosofia francesa no século XX".

Referências

BADIOU, Alain. Preface. In. MEILLASSOUX, Quentin. Après La Finitude: Essai sur la Nécessité de la Contingence. Paris: Editions du Seuil, 2006. p. 9-11.

______. A aventura da filosofia francesa no século XX; acrescido de Heróis do panteão: Lacan e Derrida. Belo Horizonte: Autêntica, 2015. 222 p.

COMETTI, Jean-Pierre; RICOEUR, Paul. Philosophies du langage. Encyclopedia Universalis. 2016. Disponível em: http://www.universalis.fr/encyclopedie/philosophies-du-langage/. Acesso em: 20 jul. 2019.

DELEUZE, Gilles; GUATARRI, Félix. O que é a filosofia? Rio de Janeiro: Ed. 34, 1992. 279 p.

DUMMETT, Michael A. E. Origins of analytical philosophy. Cambridge: Harvard University Press, 1993. 199 p.

FOUCAULT, Michel. Verdade e subjectividade (Howison Lectures). Revista de Comunicação e linguagem. 19p. 203-223. Disponível em: http://escolanomade.org/wp-content/downloads/foucault_verdade_subjetividade.pdf. Acesso em: 10 jun. 2019.

JANICAUD, Dominique. et al. Phenomenology and the "theological turn": the French debate. Tradução: Bernard G. Prusak. New York: Fordham University Press, 2000. 245p.

MEILLASSOUX, Quentin. Après La Finitude: Essai sur la Nécessité de la Contingence. Paris: Editions du Seuil, 2006. 179 p.

______. Interação, reiteração, repetição – Uma análise especulativa do signo desprovido de sentido. Tradução: Ciro Lubliner. DOSSIÊ, Vol. 21, N. 2, p. 12-93, 2018. Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.php/eco_pos/article/view/20491. Acesso em: 10 jul. 2019.

MONGIN, Olivier. Nota Editorial. In. RICOEUR, Paul. Leituras 3: nas fronteiras da filosofia. Tradução: Marcelo Perini e Nicolás Nymi Campanário. São Paulo: Loyola, 1996. p. 7-10.

OLIVEIRA, Manfredo Araujo de. Reviravolta linguístico-pragmática na filosofia contemporânea. 3. ed. São Paulo: Loyola, 2006. 427 p.

PELLAUER, David. Ricoeur’s Own Linguistic Turn. Ricoeur Studies, Vol. 5, N. 1, p. 115-124, 2014. Disponível em: https://ricoeur.pitt.edu/ojs/index.php/ricoeur/article/view/217. Acesso em: 01 ago. 2019.

Downloads

Publicado

2019-12-31

Edição

Seção

Artigos