UMA ANÁLISE DO ARGUMENTO DO CONHECIMENTO DE JACKSON

Autores

  • Daniel Borgoni Mestrando em Filosofia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)

DOI:

https://doi.org/10.36311/1984-8900.2013.v5n09.4498

Palavras-chave:

Frank Jackson, Conhecimento, Informação física, Experiência, Qualia

Resumo

O Argumento do Conhecimento de Frank Jackson é um dos mais influentes argumentos contra o fisicalismo. Jackson defende que nenhuma informação física captura os aspectos subjetivos da experiência, os qualia. Os objetivos deste artigo são expor o argumento do conhecimento e analisá-lo submetendo-o a três críticas. A primeira é a crítica desenvolvida por Dennett que nega que Mary aprende alguma coisa quando ela vê o vermelho pela primeira vez. A segunda crítica é a hipótese da habilidade de Lewis, que afirma que quando Mary vê o vermelho pela primeira vez, aprende uma habilidade. E a terceira crítica, baseada nas identidades a posteriori do tipo água=H2O, afirma que o que Mary aprende ao ver o vermelho não corresponde a um novo fato, mas a um novo modo de apresentação de um mesmo fato físico. Concluiremos que estas críticas falham ao responder o que Mary aprende com a experiência, na medida em que não explicam o seu progresso epistêmico.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ABRANTES, P. Thomas Nagel e os limites de um reducionismo fisicalista. In: Cadernos de História e Filosofia das Ciências. Campinas, v.15, p.223-244, 2005.

ALTER, T. The Knowledge Argument. In: VELMANS, M; SCHNEIDER, S. (ed.) The Blackwell Companion to Consciousness, 2007.

BROAD, C.D. The Mind and its Place in Nature. New York: Harcourt, Brace & Company, 1925.

CHALMERS, D.J. The Conscious Mind. New York: Oxford University Press, 1996.

CHURCHLAND, P.M. Reduction, Qualia, and the Direct Instrospection of Brain States. In: Journal of Philosophy, v.82, p. 08-28, 1985.

DENNETT, D.C. The Consciousness Explained. New York: Back Bay Books, 1991.

GERTLER, B. The Knowledge Argument. In: BORCHERT, D. (ed.) The Encyclopedia of Philosophy. New York: Macmillan, 2005. Também disponível em: http://consc.net/online/1.3a

JACKSON, F. Epiphenomenal Qualia. In: Philosophical Quartely, v.32, p.127-136, 1982

______. What Mary didn´t know. In: Journal of Philosophy, v.83, no.5, p.291-295, 1986.

KIM, J. Philosophy of Mind. Cambridge: Westview press, 2006.

KRIPKE, S. Naming and Necessity. Oxford: ed. Blackwell Publishing, 1981.

LEWIS, D. What Experience Teaches. In: CHALMERS, D. (org.) Philosophy of mind: Classical and Contemporary Readings. New York: ed. Oxford University Press, p.281- 294, 2002.

MITCHEL, D.B; JACKSON, F. Philosophy of Mind and Cognition. Oxford: Blackwell Publishing, 2ed, 2007.

NAGEL, T. What is it like to be a Bat? In: CHALMERS, D. (org.) Philosophy of mind: Classical and Contemporary Readings. New York: ed. Oxford University Press, p.219-226, 2002.

NORDBY, K. Vision in a Complete Achromat: a Personal Account, 1990. Disponível em: http://consc.net/misc/achromat.html

SACKS, O. Um antropólogo em Marte. Trad: Bernardo Carvalho. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

SUAREZ, A.G. Qualia: Propiedades Fenomenológicas. In: BRONCANO, F. (ed.) La Mente Humana. Madrid: editorial Trotta, 2007.

TYE, M. Subjectives Qualities of Experience. In: Mind, v. 95, p.01-17, 1986.

Downloads

Publicado

2013-06-28

Edição

Seção

Artigos