BERGSON E A EVOLUÇÃO DA VIDA

Autores

  • Ana Beatriz Antunes Gomes Doutoranda - Cotutela entre a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e a Université de Toulouse II

DOI:

https://doi.org/10.36311/1984-8900.2012.v4n07.4469

Palavras-chave:

Impulso Vital. Matéria. Vida. Diferenciação. Evolução.

Resumo

Bergson sustenta que a ordem vital é essencialmente um processo inesgotável de criação. A vida é um aspecto expressivo do tempo que, por sua vez, é autônomo e independente do espaço e do sujeito, bem como irredutível às funções quantitativas de medida. Trata-se da natureza qualitativa e virtual de toda diferença que devém natureza viva por uma atualização irresistível. Contudo, não é menos verdade que a vida se apresenta comumente menos em sua essência movente do que por meio de seus acidentes de percurso, recortando individualidades e se hipnotizando em generalizações ou repetições diversas, que imitam antes a ordem física, quiçá a geométrica. Pretendemos nesse Artigo acompanhar o movimento do impulso vital - responsável por conduzir o processo de diferenciação de virtual à atual - em sua força explosiva, em suas nuances, obstáculos encontrados e sua inevitável superação ao compor novidades radicalmente imprevisíveis. Desse modo, compreenderemos que o traço característico da evolução biológica não é a capacidade de adaptação das formas vivas ao meio que lhes impõe condições de existência, mas, sim, sua intrínseca potência criadora que prolifera composições entre a matéria e o espírito - direções diversas e até extremas de duração.

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Publicado

2012-07-31

Edição

Seção

Artigos