A FONTE COMUM E A FONTE EXCEPCIONAL DA MORAL EM BERGSON
DOI:
https://doi.org/10.36311/1984-8900.2022.v14n36.p372-394Palavras-chave:
Bergson, Moral excepcional, Liberdade, IndeterminaçãoResumo
Este artigo propõe-se a interrogar, no interior de As duas fontes da moral e da religião, como Bergson descreve a experiência moral, caracterizando um sentido específico capaz de complementar ou ultrapassar a descrição do percurso biológico presente em A Evolução Criadora (EC). Ao longo da obra bergsoniana, é notório o seu pluralismo metodológico, que se expressa também no pluralismo de experiências e fatos abordados em seus livros. Nesse pluralismo, não há o interesse de encontrar conceitos gerais que expliquem as diversas experiências elencadas tampouco o interesse de estabelecer fundamentos primordiais sem os quais tais experiências perderiam o seu sentido. O pluralismo metodológico almeja uma precisão na descrição dos fatos selecionados e, consequentemente, uma indicação dos sentidos ou dos significados que, ultrapassando os próprios fatos, não se desprendam da experiência real. O recorte aqui proposto visa, inicialmente, ressaltar quais são os obstáculos (ilusões) conceituais a uma compreensão da experiência moral como um todo e, em seguida, identificar nuances entre o sentido que advém dos moralistas excepcionais e o sentido elaborado a partir do evolucionismo biológico do impulso vital. A partir disso, esboça-se um lugar em que as forças e as invenções do indivíduo ganham efetividade na duração bergsoniana.
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