O JOVEM HEGEL E A POSITIVIDADE DA RELIGIÃO CRISTÃ: REAÇÃO CRÍTICA À APROPRIAÇÃO TEOLÓGICA DA FILOSOFIA DE KANT

Autores

  • Antônio Salomão Neto Mestrando em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR)

DOI:

https://doi.org/10.36311/1984-8900.2022.v14n36.p34-56

Palavras-chave:

Debate teológico, Filosofia kantiana, Apropriação teológica, Filosofia hegeliana

Resumo

O debate teológico presente no Stift de Tübingen é campo de recepção da filosofia kantiana por meio de uma questão específica: aquela da existência de Deus e de Sua revelação aos homens. Reconstruindo-o tangencialmente, pode-se sublinhar qual a posição que a filosofia kantiana ocupa nele, salientando-a frente àquela de Storr. Também, apontar para a apropriação dela no seio daquele debate. Assim, quando se volta para a posição de Hegel, nota-se que ele se contrapõe à apropriação teológica de Kant, posicionando-se de modo similar ao kantiano. Tem-se aqui um liame entre Kant e aquilo que se chama, incipientemente, de filosofia hegeliana.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BOURGEOIS, B. (1969). La pensée politique de Hegel. Paris : Presses Universitaires de France.

CRISSIUMA, R. (2017). A formação do jovem Hegel (1770-1800): do esclarecimento do homem comum ao carecimento da filosofia. Tese de doutorado, desenvolvida na

Universidade Estadual de Campinas, sob orientação do Professor Marco Severino Nobre, São Paulo.

DELEUZE, G. (2012). A filosofia crítica de Kant. Tradução de Germiniano Franco. Lisboa. Edições 70.

DIEZ, I. C. (1997). Briefwechsel und Kantische Schriften Wissensbegründung in der Glaubenskrise Tübingen-Jena (1790-1792). Hrsg. Dieter Henrich. Stuttgart. Klett-Cotta.

DÜSING, K. (1973). Die Rezeption der Kantischen Postulatenlehre in den frühen philosophischen Entwürfen Schellings und Hegels. Das älteste Systemprogramm. Hrsg. von R. Bubner. Bonn. Hegel-Studien. Beiheft 9.

FACKENHEIM, E. (1967). The Religious Dimension of Hegel’s Thought. Indiana University Press.

FERRAZ, C. A. (2012). Do uso regulativo das ideias da razão pura. Comentários às obras de Kant: Crítica da Razão Pura. Organização de Joel Thiago Klein. NEFIPO.

HARRIS, H. (2002). Hegel’s development Toward the Sunlight 1770-1801. Oxford University Press.

HEGEL, G. W. F. (1969). Briefe von und an Hegel, Band I: 1785-1812. Hrsg. Johannes Hoffmeister. Philosophische Bibliothek Band 235. Frankfut. Felix Meiner Verlag.

______. (1795/1796). Zusätze. Frühe Schriften. Suhrkamp Verlag, p. 190-216.

______. (1795/1796). Positivität der christlichen Religion. Frühe Schriften. Suhrkamp Verlag, p. 104-189.

HENRICH, D. (1997). Dominant Philosophical-Theological Problems in the Tübingen Stift during the student years of Hegel, Hölderlin and Schelling. Course of remembrance and other essays on Hölderlin. Translated by Abraham Anderson. Stanford University Press.

______. (1991). Philosophisch-theologische Problemlagen im Tübinger Stift zur Studienzeit Hegels, Hölderlins und Schellings. Konstellationen, Probleme und Debatten am Ursprung der idealistischen Philosophie (1789-1795). Stuttgart. Klett-Cotta.

JOÃOSINHO, B. (2006). O jovem Hegel: surgimento de um sistema pós-kantiano. São Paulo. Loyola.

KANT, I. (2016). Crítica da razão prática. Tradução de Monique Hulshof. Rio de Janeiro. Vozes.

______. (2001). Crítica da razão pura. Tradução de Manuela Pinto dos Santos e Alexandre Fradique Morujão. 5ª ed. Lisboa. Fundação Calouste Gulbenkian.

______. (2003). Kritik der praktischen Vernunft. Hrsg. Horst D. Brandt und Heiner F. Klemme. Philosophische Bibliothek Band 506. Frankfurt. Felix Meiner Verlag.

______. (2010). Kritik der reinen Vernunft. Hrsg. Jens Timmermann. Philosophische Bibliothek Band 505. Frankfurt. Felix Meiner Verlag.

______. (1992 –). The Cambridge Edition of the Works of Immanuel Kant in English Translation. Edited by Paul Guyer and A. W. Wood. Cambridge University Press.

MÜLLER, M. L. (1998). A crítica de Hegel aos postulados da razão prática como deslocamentos dissimuladores. Veritas (Porto Alegre), v. 43, n. 4, p. 928-929.

REINHOLD, C. L. (1789). Briefe über die Kantische Philosophie, Bd. I, Mannheim, Bender.

Downloads

Publicado

2022-08-02

Edição

Seção

Artigos