PARA UMA CRÍTICA LUKACSIANA À IDEIA DE ARTE ENQUANTO PANFLETO

Autores

  • André Figueiredo Brandão Mestrando em Filosofia no Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal da Bahia (UFBA). https://orcid.org/0000-0002-2247-4632

DOI:

https://doi.org/10.36311/1984-8900.2021.v13n34.p125-141

Palavras-chave:

Estética, Lukács, Marxismo, Realismo, Realismo socialista, Arte pela arte

Resumo

O atual crescimento das preocupações artísticas vinculadas a perspectivas em tese marxistas e populares, por seu momento ainda embrionário, tem caído diversas vezes em erros já observados no passado, ao propor a arte como mero veículo de uma palavra de ordem imbuída de um verniz estético. Uma crítica adequada a tal fenômeno, que pode ser mobilizada a partir de contribuições como as de Gyorgy Lukács, Ernst Fischer e Leandro Konder, necessita investigar os problemas de figuração existentes em tal percurso tendo o devido cuidado para não incorrer no oposto também contestável, em que a arte passa a residir em uma torre de marfim, pretensamente apartada das influências e questões sociais.

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Publicado

2021-07-08

Edição

Seção

Artigos