PATHOS E JULGAMENTO: UMA NOTA SOBRE RETÓRICA, 1378a21-221

Autores/as

  • Saulo Bandeira de Oliveira Marques Bacharel em Direito pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) e Mestrando em Filosofia Universidade Federal da Paraíba (UFPB) https://orcid.org/0000-0003-0943-422X

DOI:

https://doi.org/10.36311/1984-8900.2019.v11.n28.18.p291

Palabras clave:

Aristóteles, Retórica, Julgamento, Pathos

Resumen

As emoções influenciam o modo como os seres humanos observam e julgam os eventos do Mundo. Cientes dessa relação entre sentir e julgar, os retóricos a têm explorado com o objetivo de, através das emoções, direcionar o julgamento do auditório em favor da tese por eles defendida. Em sua época, Aristóteles criticou a persuasão meramente emotiva em detrimento da argumentação persuasiva, apresentando, em sua "Retórica", o uso técnico das emoções como argumentos persuasivos. Em face dessa perspectiva, pretende-se apresentar o uso das emoções como argumentos retóricos, segundo a "Retórica". Nesse sentido, parte-se da concepção da retórica como techne, com ênfase nas provas persuasivas, para, em seguida, expor como a relação entre sentir e julgar é utilizada pela retórica.

Referencias

ARISTÓTELES. Retórica. Introdução, tradução e notas de Quintín Racionero. Madrid: Gredos, 1990.

______. Retórica das paixões. Prefácio de Michel Meyer. Introdução, tradução e notas de Isis Borges B. da Fonseca. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

BALABAN, O. Praxis and poesis in Aristotle’s practical philosophy. The Journal of Value Inquiry, Dordrecht, v. 24, n. 3, p. 185-198, 1990.

BARNES, J. Rhetoric and poetics. In: BARNES, J. (org.). The Cambridge companion to Aristotle. Cambridge: Cambridge University Press, 1995, p. 259-285.

BARNES, J. (ed.). The complete works of Aristotle: the revised Oxford translation. Princeton: Princeton University Press, 1984. 2v.

BITZER, L. F. The rhetorical situation. Philosophy & Rhetoric, University Park, v. 1, n. 1, p. 1-14, 1968.

BONITZ, H. Index Aristotelicus. Ed. fac-sim. Berlin: George Reimer editor, 1870.

BRINTON, A. Pathos and the “Appeal to Emotion”: An Aristotelian Analysis. History of Philosophy Quarterly, Champaign, v. 5, n. 3, p. 207-219, 1988.

CONLEY, T. Πάθη and πίστεις: Aristotle Rhet. II 2-11. Hermes, Stuttgart, v. 110, n. 3, p. 300-315, 1982.

COPE, E. M. An introduction to Aristotle’s Rhetoric. Ed. fac-sim. Londres: MacMillan, 1867.

COPI, I. M. Introdução à lógica. Tradução de Álvaro Cabral. 2 ed. São Paulo: Mestre Jou, 1978.

DOW, J. A supposed contradiction about emotion-arousal in Aristotle’s Rhetoric. Phronesis, Leiden, v. 52, n. 4, p. 382-402, 2007.

EKMAN, P. A linguagem das emoções: revolucione sua comunicação e seus relacionamentos reconhecendo todas as expressões das pessoas ao redor. Tradução de Carlos Szlak. São Paulo: Lua de papel, 2011.

FORTENBAUGH, W. Persuasion through character and the composition Aristotle’s Rhetoric. Rheinisches Museum für Philologie, Colônia, v. 134, n. 2, p. 152-156, 1991.

GRIMALDI, SJ, W. M. A. A note on the πίστεις in Aristotle’s Rhetoric, 1354-1356. American Journal of Philology, Baltimore, n. 78, p. 188-192, 1957.

______. Aristotle, Rhetoric I: a commentary. New York: Fordham University Press, 1980.

______. Aristotle, Rhetoric II: a commentary. New York: Fordham University Press, 1988.

HORNBLOWER, S.; SPAWFORTH, A.; EIDNOW, E. (eds.). The Oxford Classical Dictionary. 4 ed. Oxford: Oxford University Press, 2012, p. XXVI-LIII.

LEIGHTON, S. Aristotle and the Emotions. Phronesis, Leiden, v. 27, n. 2, p. 144-174, 1982.

PEQUENO, M. J. P. A moral e as emoções. Curitiba: CRV, 2017.

RORTY, A. O. Explaining emotions. The Journal of Philosophy, New York, v. 75, n. 3, p. 139-161, 1978.

Publicado

2019-08-03

Número

Sección

Artigos