A INTERPRETAÇÃO KANTIANA DO FINALISMO EM SPINOZA NA TERCEIRA CRÍTICA
DOI:
https://doi.org/10.36311/1984-8900.2018.v10n22.06.p24Palabras clave:
Kant, Spinoza, Teleologia, OntologiaResumen
Segundo Spinoza (1632-1677), não existe finalismo na natureza, pois seria uma ignorância atribuir intencionalidade à realidade que, segundo sua ontologia, é uma substância (Deus). Por sua vez, Kant (1724-1804) considerou o juízo teleológico como a possibilidade de refletirmos uma finalidade na natureza, não como um fim terminal ou em si mesmo a partir de um Deus criador, mas através do homem, que tem a faculdade de julgar compreendendo as relações das partes com o todo. O objetivo deste artigo é apresentar uma análise crítica de Kant à ontologia de Spinoza no que se refere ao problema do finalismo. Ou seja, a partir da leitura de algumas passagens da Segunda Parte (Crítica da Faculdade de Juízo Teleológica) da Crítica da Faculdade do Juízo, explicitar a crítica kantiana à crítica ao finalismo em Spinoza desenvolvida na Parte I de sua Ética. Conclui-se que, a interpretação crítica de Kant (partindo do pressuposto do juízo teleológico) à ontologia antifinalista de Spinoza considerou alguns paradoxos, como o panteísmo e o fatalismo decorrentes da substância divina e a falta de uma explicação acerca do sistema de conformidade a fins na natureza, marcado por um idealismo que negava qualquer tipo de intencionalidade ou fim da natureza.Descargas
Referencias
DELBOS, V. A ética spinozista e a moral de Kant. In: O problema moral na filosofia de
Spinoza e na história do spinozismo. Tradução: Martha de Aratanha. Rio de Janeiro: FGV Editora, 2016.
FERRAZ, C. A. Acerca do papel do juízo teleológico na realização do sumo bem moral em Kant. Studia Kantiana. Natal-RN, v.9, n.9, jun-dez, 2009., pp.88-117.
HEGEL, F. Vorlesungen über die Geschichte der Philosophie. In: BENJAMIN, C(org.). Estudos sobre Spinoza. Tradução de Eliana Aguiar, Estela dos Santos Abreu e Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Contraponto, 2014.
MOREAU, J. Espinosa e o Espinosismo. Lisboa: Edições 70, 1982.KANT, I. Crítica da Faculdade do Juízo. Tradução de Valério Rohden e António Marques. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2012.
KLEIN, J. T. A Dedução do Juízo Teleológico na Terceira Crítica. Kant e-Prints. Campinas-SP, v. 8, n. 1, jan.- jun., 2013., pp.71-98.
KLOTZ, H. C. Teleologia e Moral em Kant e Fichte. Studia Kantiana. Natal-RN, v.9, n.9, jun-dez, 2009., pp.187-200.
PASCAL, G. O Pensamento de Kant. Petrópolis: Vozes, 1985.
SPINOZA, B. Ética. Tradução: Grupo de Estudo espinosanos. São Paulo: Edusp, 2015.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2018 Kínesis - Revista de Estudos dos Pós-Graduandos em Filosofia
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-CompartirIgual 4.0.