FOUCAULT, A AUFKLÄRUNG E A INSURREIÇÃO IRANIANA: O LEVANTE NA SINGULARIDADE DO PRESENTE
DOI:
https://doi.org/10.36311/1984-8900.2017.v9n21.08.p83Palabras clave:
Michel Foucault, Aufklärung, Acontecimento, Insurreição iraniana, SubjetivaçãoResumen
A temática da Aufklärung kantiana estudada por Foucault é bastante enfocada pela bibliografia crítica ao tratar de suas concepções sobre a história do presente, sobre ontologia, sobre sua complexa relação com Kant. Esta problemática, diversas vezes aludida pelo filósofo, mas abordada mais pontualmente em três momentos (na conferência “Qu’est-ce que la critique?”, de 1978, nas duas primeiras aulas do curso Le Gouvernement de soi et des autres, de 1983, e no artigo “Qu’est-ce les Lumières?”, de 1984), abre vários caminhos de estudo, e aqui focaremos em algumas noções específicas tratadas ou subjacentes a estes textos e possibilitadas por um determinado uso de Kant. Cruzaremos nossa abordagem com uma análise de outro grupo de escritos de Foucault, aqueles aparecidos originalmente no jornal italiano Corrière della Sera em 1978 e outros que também compuseram seu projeto das “Reportages d’Idées”, sobre a insurreição iraniana. Nosso objetivo será visualizar os pontos de contato entre os dois grupos de textos e articular alguns nexos que nos permitam uma visada dos escritos sobre o Irã enquanto configuradores do acontecimento, como o de atualidade, o de crítica, o de revolução, e o de vontade política. Ao final, tentaremos apontar uma conexão entre os dois momentos da produção do filósofo como sendo viabilizada justamente pelo acento na subjetivação advinda, desta feita, especificamente da problemática iraniana, ainda alguns anos antes de suas primeiras aulas sobre o cuidado de si no Collège de France.Descargas
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