POR UM ETHOS COSMOPOLITA SEM O RECURSO A UMA RELIGIÃO OU ESTADO GLOBAL: A RELEVÂNCIA DE KANT COMO FILÓSOFO POLÍTICO PARA O CONTEXTO WESTFALIANO

Autores/as

  • Guilherme José Santini Professor de Filosofia do Instituto Federal de Mato Grosso e Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Filosofia da (PUC-SP)

DOI:

https://doi.org/10.36311/1984-8900.2016.v8.n19.03.p19

Palabras clave:

Kant, Sistema Westfaliano, Sociedade das Nações, Direito Cosmopolita, Modernidade política

Resumen

A pergunta pela possibilidade de uma justificação da experiência histórica segundo princípios exigidos pelo bom exercício da razão prática - já suposto que a História Universal deva ter um sentido ou propósito racional -, ela não aparece à toa no horizonte kantiano. Entender seu porquê requer o resgate do contexto político da era moderna. O primeiro objetivo deste artigo é esboçar os desafios políticos referentes a esse contexto e expor em seguida como a solução oferecida por Kant - a Sociedade das Nações e o direito cosmopolita - vai ao encontro da expectativa de pensar um sentido comunitário para um mundo fragmentado em Estadosnação sem ter de recorrer a uma autoridade global, fosse ela política ou religiosa. Apoiar-nosemos em dois textos escritos da Filosofia Política de Kant: Ideia de uma História Universal de um Ponto de Vista Cosmopolita, de 1784, e À Paz Perpétua, de 1795.

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Publicado

2018-03-14