O PROBLEMA DO DESACORDO RELIGIOSO: PERSPECTIVAS EPISTEMOLÓGICAS

Autores/as

  • Louis-Jacques Fleurimond Mestrando em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS)

DOI:

https://doi.org/10.36311/1984-8900.2015.v7n13.5457

Palabras clave:

Desacordo religioso, Desacordo racional, Crença religiosa, Justificação Epistêmica, Par epistêmico

Resumen

Este trabalho objetiva expor o problema do desacordo religioso, mostrar como ele afeta a justificação da crença religiosa e tentar oferecer algumas alternativas que mostram em que circunstâncias um crente pode manter sua crença religiosa racionalmente em face do desacordo de seu par. Quando somos confrontados com outros que parecem estar em igualdade a nós mesmos no que diz respeito à inteligência, capacidade de raciocínio, informação de fundo, e assim por diante – parece que isso deve reduzir a credibilidade racional que possuíamos antes do desacordo. Não havendo razão para manter nossa crença, devemos suspender nosso juízo. O desacordo religioso torna-se um problema para a credibilidade racional das crenças religiosas. Três propostas são oferecidas como possíveis soluções a este problema. A primeira, defendida pelo relativismo, é a de que, num desacordo sobre qualquer assunto, os envolvidos podem manter sua crença, porque a verdade da proposição, objeto de crença, seria relativa ao sujeito que crê nela. A segunda, sustentada por Plantinga, propõe que a crença religiosa é básica, porque a pessoa está justificada em mantê-la de forma independente epistemicamente de outras crenças. Na terceira, defendida por DePoe, uma pessoa pode manter sua crença em face do desacordo nas seguintes circunstâncias: (i) quando possuir evidência diferente e melhor que a de seu par; (ii) quando com respeito à mesma evidência responder melhor a essa evidência do que seu par; e (iii) quando comprovar que seu par tem um defeito cognitivo.

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Publicado

2015-10-08

Número

Sección

Artigos