SOBRE A CRÍTICA FILOSÓFICA DE ADORNO AO TÉDIO E O SEU REFERIDO CONCEITO EM LARS SVENDSEN

Autores/as

  • Felipe Resende da Silva Mestrando em Filosofia pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), Campus de Marília

DOI:

https://doi.org/10.36311/1984-8900.2012.v4n07.4444

Palabras clave:

Tédio moderno, Teoria crítica, Emancipação

Resumen

Este artigo está dividido em duas partes, cada qual contendo o seu objetivo distinto: na primeira parte, busca-se traçar um breve panorama sobre a atenção de Adorno em torno do problema do tédio na sociedade administrada. Na segunda parte, serão analisados alguns aspectos de seu conceito em Lars Svendsen (visto que Adorno não o desenvolveu analiticamente). Como veremos ao longo do desenvolvimento deste artigo, lançar os olhos sobre essa patologia social da modernidade significa realizar um diagnóstico do estado geral da cultura, onde o trabalho, o tempo livre e os objetos culturais se desviam do caminhoemancipatório do homem. A perda do teor ético dessas três instâncias acarreta em um fenômeno de deformação crônica sobre os indivíduos, a negar-lhes principalmente um sentido para a própria existência e a capacidade de realizarem experiências (Erfahrung). Assim, a própria ideia de progresso é posta em xeque, na medida em que em uma sociedade portadora de todos os elementos necessários para a emancipação humana toma o caminho oposto a esta, desumanizando os indivíduos das mais variadas maneiras possíveis. O problema do tédio, assim, aponta para uma mal resolvida dialética do progresso, no sentido da auto-realização humana estar obstruída pelo processo de integração social.

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Referencias

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Publicado

2012-07-31

Número

Sección

Artigos