ABDUÇÃO E SIGNIFICADO EM PAISAGENS SONORAS: UM ESTUDO DE CASO SOBRE A INSTALAÇÃO ARTÍSTICA REPARTITURA
DOI:
https://doi.org/10.36311/1984-8900.2011.v3n05.4392Palabras clave:
Paisagens sonoras, Abdução, Significado, Computação evolutivaResumen
RePartitura é uma instalação de arte computacional, aqui apresentada e discutida sob seus três princípios constituintes: Arte Processual; Computação Evolutiva (CE) e Abdução, do modelo triádico de pensamento Peirceano (abdução, indução e dedução). RePartitura utiliza um algoritmo computacional, especialmente desenvolvido para este fim, que mapeia características da imagem digital – de uma coleção de desenhos previamente elaborada – para um modelo musical de CE; a Síntese Sonora Evolutiva (ESSynth). Esta gera dinamicamente um conjunto de objetos sonoros. O resultado deste processo é um ambiente sonoro imersivo, ao mesmo tempo variante e similar, que é aqui chamado de Paisagem Sonora Artificial. O sistema computacional generativo utiliza princípios da CE para interpretar cada desenho como um Indivíduo pertencente a uma População. Todos os indivíduos têm em comum a característica de serem similares mas nunca idênticos. O conjunto de características específicas de cada desenho é chamado de Genótipo. A interação entre distintos genótipos e suas correspondentes características sonoras, produz uma População dinâmica de objetos sonoros evolutivos. O comportamento evolutivo deste processo leva à auto organização das paisagens sonoras artificiais, formadas pela População de complexos e singulares objetos sonoros, em constante transformação, que sempre mantêm uma autosimilaridade aproximada, facilmente identificável por qualquer ouvinte. Neste artigo, apresentamos o RePartitura como uma instalação artística processual evolutiva, e descrevemos os tópicos que a permeiam, desde a criação conceitual até sua implementação computacional. Discutimos aqui a emergência no ambiente sonoro autoorganizado desta instalação, como uma forma de Abdução sintética, ocasionada pela ação de operadores genéticos contidos no ESSynth. Tal processo gera uma paisagem sonora artificial que, por nunca se repetir acusticamente, apesar de manter uma autosimilaridade cognitiva, toca no conceito de significado sonoro e musical.
Descargas
Referencias
BURRASTON D., Edmonds, EA, Livingstone, D. and Miranda, E. Cellular Automata in MIDI based Computer Music: proceedings of the International Computer Music Conference, p. 71-78, 2004.
ASHBY, W.R., Principles of the Self-organizing System. In: Von Foerestere Zogf (orgs). Principles of Self-organization. Pergamon, 1962.
ATLAN, H. Entre o Cristal e a Fumaça: ensaio sobre a Organização do Ser Vivo. Rio de Janeiro: Zahar, 1992. p. 120-121.
CAGE, J., Silence: lectures and writings. Cambridge: M.I.T. Press. 1961.
CHAITIN, G. J. Information Randomness and Incompleteness. World Scientific, Singapore, 1990.
FORNARI, J., Manzolli, J., Maia Jr., A., Damiani, F.. The evolutionary sound synthesis method. In: Proceedings of ACM Multimedia. Toronto, 2001.
BÄCK, T., Fogel, D.B., Michalewicz, Z. (eds.). Evolutionary Computation 2: Advanced Algorithms and Operators. Institute of Physics Publishing. 2000.
MORONI, A., Manzolli, J., Von Zuben, F., Gudwin, R.: Vox populi: an interactive evolutionary system for algorithmic music composition. Leonardo Music Journal 10, 49–54. 2000.
MANZOLLI, J., Verschure, P.: Roboser: A real-world composition system. Computer Music Journal 29(3), 55–74. 2005.
FORNARI, J., Shellard, M., Manzolli, J.: Creating evolutionary soundscapes with gestural data. Article and presentation. SBCM - Simpósio Brasileiro de Computação Musical. 2009.
OLIVEIRA, L.F., Haselager, W.F.G., Manzolli, J., Gonzalez, M.E.Q.: Musical meaning and logical inference from the perspective of peircean pragmatism. Journal of Interdisciplinary Music Studies 4(1), 45–70. 2010.
PEIRCE, C.S. Essays in the Philosophy of Science. In: Tomas, V. (ed.). Bobbs-Merrill. New York. 1957.
POIDEVIN, R.L.: The perception of time. In: Zalta, E. (ed.) The Stanford Online Encyclopedia of Philosophy. Disponível em:< http://plato.stanford.edu/>. 2000.
LEMAN, M.: An auditory model of the role of short-term memory in probe-tone ratings. Music Perception 17(4), 481–509. 2000.
HURON, D.: Sweet Anticipation: Music and the Psychology of Expectation. The MIT Press. Cambridge. 2006.
MEYER, L.B. Emotion and Meaning in Music. Chicago University Press, Chicago. 1956.
HOOPES, J. Peirce on Signs: Writing on Semiotic. The University of North Caroline Press, USA. 1991.
FORNARI, J., Shellard, M.: Breeding patches, evolving soundscapes. Article presentation. In: 3rd PureData International Convention – PDCon09, São Paulo. 2009.
SCHAFER, M., R. The Soundscape. 1957.
MORONI, A., Manzolli, J., Von Zuben, F.: Artificial abduction: A cumulative evolutionary process. Semiotica 153(1/4), 343–362. 2005.
CHIBENI, S.S. Cadernos de História e Filosofia da Ciência, Série 3, 6(1), 45–73; Centro de Epistemologia e Lógica, Unicamp. 1996.
BODEN, M.: What is creativity? In: Boden, M. (ed.) Dimensions of creativity, p. 75–117. MIT Press. London. 1996.
AIKEN, H.D. The aesthetic relevance of belief. Journal of Aesthetics and Art Criticism 9(4), 310–315. 1951.
AIKEN, H.D. The concept of relevance in aesthetics. Journal of Aesthetics and Art Criticism 6(2), 152–161. 1947.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2014 Kínesis - Revista de Estudos dos Pós-Graduandos em Filosofia
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-CompartirIgual 4.0.