O MOMENTO HEGELIANO DA ESTÉTICA: A AUTO-SUPERAÇÃO DA ARTE
DOI:
https://doi.org/10.36311/1984-8900.2009.v1n01.4289Palabras clave:
Hegel, Estética, Auto-dissolução da arteResumen
Cada momento da filosofia da arte rumo à estética – dos antigos aos contemporâneos – é o evidenciar da invenção do gosto como critério do belo. Luc Ferry nota em sua tese que a estética hegeliana, ainda mais que a de Kant, soube levar em conta a história concreta da arte: a interpretação de Sófocles e a elucidação da poesia romântica alemã continuam sendo modelos para uma crítica da história da arte. Em Hegel, a reflexão, enquanto essência da subjetividade finita, deve ser supra-sumida pelo o que o filósofo chamou de “proposição especulativa”. No momento hegeliano da estética, a sensibilidade perde a autonomia que tinha adquirido em Kant, de modo que a estética volta a ser a expressão (Darstellung) de uma idéia no campo da sensibilidade. Assim, esta alienação (Entäusserung) da idéia numa matéria sensível exterior assume no filósofo – diferentemente do que ocorria no classicismo setecentista – a forma de uma história da arte. De tal sorte que a arte continua sendo para Hegel uma manifestação da verdade que, embora atraente, não deixa de ser por definição inferior àquela que ocorre no interior da filosofia, na medida em que a idéia se processa adequadamente na filosofia, a fim de se atingir a coisa mesma (Sache selbst), e na arte é dependente da exteriorização dos sentidos na subjetividade, tendo, ipso facto, que passar pelo processo de auto-dissolução quando atinge seu ápice, supra-sumindo-se na forma da filosofia.
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Referencias
HEGEL, G.W.F. Estética. In Os Pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1999.
_______. Prefácio: Fenomenologia do Espírito. 4.ed. Petrópolis: Vozes, 2007.
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